Autor: celula-admin

Célula lança primeiro laboratório móvel de alta tecnologia em parceria com a Shinefar, gigante chinesa do setor de energia solar

Célula Energia vai fazer testes em componentes de instalações fotovoltaicas para atestar qualidade de produtos comercializados no Brasil; investimento é de R$ 150 mil e projeto deve começar a funcionar em junho

A Célula Energia, empresa com sede em Valinhos que atua com pesquisa, consultoria, projetos e treinamento para geração de energia solar, e a gigante chinesa Shinefar, fabricante de componentes para sistemas solares, anunciaram nesta segunda-feira (3) uma parceria para lançamento do primeiro laboratório móvel que vai testar e atestar a qualidade de equipamentos usados na instalação de sistemas de geração de energia solar fotovoltaica no Brasil.

O projeto terá investimento de R$ 150 mil e inclui dois equipamentos de alta tecnologia, que normalmente são encontrados apenas em centros de pesquisa avançados: uma câmera de eletroluminescência e um traçador de curvas. Quando estiver em operação, o laboratório vai percorrer cidades de todo o país fazendo os testes. A estimativa é de que o lançamento seja feito em junho. 

O principal objetivo da iniciativa é permitir que uma empresa local tenha a possibilidade de se tornar certificadora dos produtos utilizados em sistemas fotovoltaicos que são comercializados no Brasil. O trabalho será feito com foco na verificação de qualidade e eficácia desses componentes. 

Com as análises, a expectativa das duas empresas é contribuir para ampliar o controle de qualidade sobre os componentes usados nas instalações solares, auxiliar os distribuidores e revendedores na escolha das marcas que representam e trazer resultados positivos para o consumidor final.

A escolha da Célula Energia para a parceria levou em consideração a experiência e a qualificação do engenheiro William Cambuhi de Oliveira, fundador da empresa, que já formou mais de 10 mil alunos em seus cursos e treinamentos. Ele é pesquisador e professor universitário, tem um livro publicado sobre o assunto, possui larga experiência e se tornou uma referência no setor. Além disso, a Célula também atua em parceria com outras gigantes multinacionais do setor.

“Com esse laboratório, Célula e Shinefar estão contribuindo de forma efetiva para o crescimento sustentado do setor e levantando a bandeira de qualidade como fator fundamental em uma instalação solar”, afirma William. Ele vai a campo para realizar os ensaios onde existem usinas fotovoltaicas. 

Serão feitos testes em módulos, além de verificação da capacidade da potência daquele determinado equipamento, dos parâmetros de tensão de circuito aberto, corrente de curto circuito, tensão de operação, corrente de operação dos módulos, para avaliação de conformidade com as informações disponibilizadas pelos fabricantes.

“Com esse laboratório móvel vamos conseguir fazer todos esses testes em ensaios, comprovando e certificando a qualidade dos módulos fotovoltaicos. Qualquer divergência em lotes ou de fabricação com o datasheet, a câmera de eletroluminescência vai detectar. Com tudo isso, a gente vai conseguir alertar os distribuidores, o trabalho também será feito em conjunto com os distribuidores”, disse William. 

Segundo ele, o projeto não pretende expor marcas ou produtos. “A gente vai fazer de forma neutra, não pretendemos adotar um viés comercial, mas sim técnico, para as ações do laboratório. Não vamos expor nomes. Queremos trabalhar com ética e de forma estritamente técnica, como sempre fazemos, para gerar benefícios concretos dentro de um mercado que cresce muito no Brasil e tem muito potencial. Estou muito feliz pela parceria e agradeço a Shinefar pela disponibilização dos equipamentos e pela confiança”, disse.

De olho em crescimento no mercado brasileiro, a Shinefar aposta no diferencial da qualidade para ganhar espaço e crescer. “O investimento na parceria com a Célula é importante porque permite a capacidade de testar a atestar os produtos que giram no mercado brasileiro, não só da Shinefar, mas de outros fabricantes também, para garantir ao consumidor final e aos integradores a performance dos produtos que circulam no mercado”, disse Danilo Polary Borrigueiro,diretor comercial da Shinefar no Brasil. 

“Esse investimento e essa doação de equipamentos é algo que encaramos como um passo importante para dar capacidade à Célula de operar esse laboratório móvel, ir até os distribuidores atestar os seus estoques. Isso é inovador no mercado brasileiro e a Shinefar quer estar na frente, junto com a Célula, como referência na qualificação do mercado”, disse Danilo.

Shinefar Solar
A Shinefar Solar foi fundada em 2010, na China, com objetivo inicial de atender os mercados da europeu e asiático.

A empresa hoje atende a mais de 80 países, tem potencial produtivo de 3 gigawatts/ano, com expectativa de chegar a 4,5 gigawatts de capacidade em 2024, atendendo os mais altos padrões na produção, possuindo as principais certificações internacionais, como TUV, ISO´s, CE, CQC, Inmetro, além de diversas patentes.

Os planos da empresa para o Brasil são de atingir 1 gigawatt de produtos no mercado Brasileiro em 2024. Além disso, a empresa busca se tornar Tier 1 até o final do  próximo ano. “Estamos investindo no crescimento da marca no Brasil, para que ela seja sempre referência para o Integrador”, disse Danilo. 

Para que um fabricante entre para a lista Tier 1 é necessário que ele cumpra uma série de requisitos como:

  • Fabricar totalmente seus próprios módulos, isto é, não agregar células de terceiros em seus módulos. Isso acaba selecionando fabricantes com mais controle sobre sua produção e qualidade;
  • Ter fornecido módulos para 6 ou mais projetos acima de 1,5 MW, que tenham sido financiados nos últimos 2 anos por bancos que não sejam de desenvolvimento;

Segundo Danilo, a empresa está construindo mais uma unidade fabril na China e tem como objetivo se consolidar no mercado da América Latina de forma consistente, além de ter dado início ao projeto de desenvolvimento da marca na América do Norte com certificações no Underwriters Laboratories (UL).

Certificação de produto pela Norma ABNT NBR 16612

Hoje vamos falar rapidamente sobre a certificação de produto de um cabo fotovoltaico pela norma ABNT NBR 16612. Porém antes disso, vamos a alguns conceitos básicos.

Em meados da segunda metade do século XVIII, teve início na Inglaterra e posteriormente no mundo civilizado, a chamada Revolução Industrial, onde o emprego de máquinas e de novos processos produtivos aceleraram a manufatura de bem de consumo, máquinas e equipamentos, agricultura, entre outros. Um exemplo disso foi o que aconteceu com itens de vestuário, que eram manufaturados artesanalmente por pessoas especializadas, tornando o seu processo de confecção, desde o plantio e colheita do algodão, fiação, tecelagem, estampagem, corte e costura etc., lentos e caros. A partir da Revolução Industrial, com o desenvolvimento e mecanização do processo produtivo, esses itens passaram a ser produzidos em larga escala, barateando custos e tornando-os mais acessíveis à população. Antes disso, roupas eram passadas de geração a geração, sendo inclusive itens da partilha de herança de família, dado o seu alto custo.

A partir daí, o mercado foi gradativamente sendo inundado com incontáveis itens manufaturados, a custos mais acessíveis a maioria da população. Porém, como um mesmo item podia ser fabricado por empresas diferentes, começaram a surgir as diferenças de qualidade, segurança e confiabilidade inerente a cada fabricante.

No final do século XIX e início do século XX, começaram a surgir associações preocupadas com a padronização, qualidade e segurança desses itens. Essas associações estabeleceram regras, diretrizes, ou características acerca de um material, produto, processo ou serviço, através de uma “norma técnica”, criada na maioria das vezes, por especialistas.

Com o passar do tempo, mais materiais, produtos, processos e serviços passaram a ser regulamentados por essas normas.

Porém, com o passar do tempo, tornou-se necessário que uma “entidade confiável” certificasse que um determinado material, produto, processo ou serviço estivesse dentro das exigências dessas normas específicas.

Passaram então a existir organismos de certificação, que certificavam que um determinado item, seja ele um material, produto, processo ou serviço, cumpria os requisitos de uma determinada norma. Isso era feito através de um certificado.

Como exemplo dessas empresas podemos citar as alemãs, TÜV Hassen, TÜV SÜD, TÜV Nord, TÜV Saarland, TÜV Thüringen, TÜV Rheinland, além da austríaca TÜV Austria. Só por curiosidade, “TÜV” vem do alemão “Technischer Überwachungsverein”, que significa em tradução livre, Associação de Inspeção Técnica. Portanto “TÜV” não é um documento, nem uma empresa específica ou muito menos uma norma em particular. Um cabo certificado pela norma ABNT NBR 16612 não tem “TÜV”. Ele tem um Certificado de Conformidade do Produto, com a norma ABNT NBR 16612, emitido por um Organismo de Certificação de Produto, acreditado pelo Inmetro. Essa empresa certificadora pode ser qualquer uma, desde que seja acreditada pelo Inmetro para esta função (certificação).

E além das alemãs, existem inúmeras outras como a também renomada UL (Underwrites Laboratories), a Bureau Veritas, Ability, etc., além da própria ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), que também possuem uma divisão de certificação.  Lembrando que nem todas as empresas citadas acima certificam todos os materiais, produtos, processos ou serviços. Algumas delas focam em materiais, outras em serviços, outras ainda em produtos e assim por diante.

Todas essas empresas certificadoras são auditadas por órgãos específicos em cada um dos países que atuam. No caso do Brasil, elas são acreditadas pelo Inmetro.

O fato de uma norma ou instrução normativa existir, não significa que ela seja obrigatória, a não ser que alguma entidade com competência para tal, a torne obrigatória.

Voltando ao nosso universo de cabos fotovoltaicos, a norma que rege a sua concepção, é a ABNT NBR 16612. Ela especifica as condições de uso, testes de durabilidade, materiais, etc., dos cabos fotovoltaicos no Brasil.

No Brasil, a certificação dos cabos fotovoltaicos por essa norma ainda é voluntária. O Inmetro ainda não tornou essa certificação como compulsória (mandatória). Porém, a expectativa é que isso ocorra em breve.

As vantagens da certificação do produto pela norma são:

  • Segurança Aos Consumidores: a certificação de produto permite que os consumidores saibam que um determinado produto é seguro e confiável. É uma referência de segurança do produto, um guia que os leva a fabricantes confiáveis.
  • Atendimento aos Requisitos Regulamentares: a certificação atesta que o produto foi fabricado de forma a respeitar e atender aos requisitos de uma norma ou regulamento técnico, cumprindo os requisitos mínimos necessários.
  • Vantagem Competitiva: mesmo que a certificação do produto seja voluntária, ela representa uma importante vantagem competitiva em relação aos concorrentes. Dependendo do mercado em que a empresa atua, ter um produto certificado pode significar a diferença entre o sucesso ou fracasso das vendas.
  • Garantia de Conformidade: a certificação (voluntária ou compulsória) garante ao consumidor que aquele produto foi fabricado de forma a respeitar e atender aos requisitos de uma norma ou regulamento técnico. Assim, a garantia da conformidade influencia diretamente na decisão de compra do consumidor.
  • Credibilidade Da Marca: ter produtos certificados, de maneira compulsória ou voluntaria, dá para a empresa mais credibilidade no mercado, através da percepção tida pelos consumidores de que aquela empresa está comprometida com a segurança de seus produtos e com a satisfação de seus clientes.

CONCLUSÃO:

Embora ainda não compulsória, a cerificação do produto tem um peso enorme, tanto para a credibilidade da marca, segurança para os consumidores como para a melhoria da qualidade do segmento, como um todo.

Entendendo essa conjuntura, a New Cabos já possui a certificação voluntária de todos os seus cabos fotovoltaicos, garantindo assim o seu compromisso com a qualidade e segurança dos nossos clientes, diretos e indiretos e do consumidor final!

BIBLIOGRAFIA:

1TÜV Hassen GmbH (Darmstadt, Deutschland)https://www.tuev-hessen.de
2TÜV SÜD GmbH (München, Deutschland)https://www.tuvsud.com/de-de
3TÜV Nord GmbH (Hannover, Deutschland)https://www.tuev-nord.de/de
4TÜV Saarland GmbH (Sulzbach/Saar, Deutschland)https://www.tuev-saar.de
5TÜV Thüringen GmbH (Erfurt, Deutschland)https://thueringen.de
6TÜV Rheinland GmbH (Köln, Deutschland)https://www.tuv.com/germany/de
7TÜV Austria GmbH (Österreich)https://www.tuv.at
8UL (Northbrook, IL, USA)https://www.ul.com
9Bureal Veritas S.A.  (Neuilly-sur-Seine, Paris, France)https://www.bureauveritas.fr
10Ability Certificadora (Rio de Janeiro, RJ, Brasil)https://www.abilitycertificadora.com.br
11BRICShttps://www.brics-ocp.com.br
12Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNThttps://www.abnt.org.br 
13Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologiahttps://www.gov.br/Inmetro/pt-br 

SOBRE O AUTOR

Wagner Boudart

Wagner Boudart é graduado em Tecnologia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), tendo trabalhado em indústrias multinacionais de grande porte, nas áreas de Engenharia Industrial e como “New Product Launch”. Possui diversos cursos, inclusive internacionais, tendo trabalhado na Alemanha, Hungria, Estados Unidos da América, entre outros lugares. Atualmente é responsável pelas Engenharias de Produto, Industrial e de Qualidade da New Cabos Ltda, fabricante de cabos fotovoltaicos.

Ecori Energia Solar marca presença no 17º Fórum de Geração Distribuída

Nesta edição, além de participar das palestras, a empresa contou com um estande com exposição de produtos

A Ecori Energia Solar foi patrocinadora diamante do Fórum de Geração Distribuída – Região Sudeste, realizado entre os dias 1 e 2 de março, em Vitória. A 17ª edição do evento reuniu especialistas do setor e promoveu debates em torno dos desafios e das oportunidades do segmento de Energia Solar Fotovoltaica e GD Fontes Renováveis.

A empresa marcou presença nas mesas de discussão e reforçou sua preocupação com as melhores práticas para o desenvolvimento e crescimento do segmento em que atua. No dia 1º, no auditório Espírito Santo, Rodrigo Matias palestrou sobre prospecção de vendas e receita do mercado GD. Na parte da tarde, o profissional participou de um meeting sobre o futuro da GD/FV no Brasil. Já no dia 2, ele abordou o cenário de expansão da GD no Brasil.

“Nossa participação no Fórum GD em Vitória foi maior do que nas edições passadas do evento. Desta vez, também levamos palestras ao público, como fizemos na Intersolar. Acreditamos que o mercado fotovoltaico no Espírito Santo tem muito potencial de crescimento”, afirma Rodrigo Matias, diretor comercial da Ecori Energia Solar.

Nesta edição do Fórum, a Ecori também marcou presença com um estande em com exposição de produtos, realização de palestras silenciosas, além de um balcão de atendimento.

Sobre a Ecori Energia Solar

A Ecori Energia Solar foi fundada em 2011 em São José do Rio Preto (SP), onde está seu escritório central. Na cidade ao lado, Mirassol, está seu maior centro logístico. Também tem escritórios e centros de distribuição em Barueri (SP), Itajaí (SC) e Recife (PE). Conta com uma rede de 29 unidades B2B pelo país. É pioneira no Brasil na mais avançada tecnologia em energia fotovoltaica, a MLPE, sistema formado por microinversores e inversores com otimizadores de potência. Trabalha diretamente com a importação e distribuição de equipamentos para o mercado de energia solar on-grid, atendendo exclusivamente revendedores, instaladores e integradores. As soluções da Ecori atendem tanto o mercado residencial quanto comercial, rural e industrial. No final de 2021, a Ecori foi escolhida como a melhor distribuidora do setor fotovoltaico brasileiro no prêmio da Solar TV. E em 2022, a empresa foi reconhecida como great place to work. www.ecori.com.br.

Dimensionamento de Estruturas Fotovoltaicas

Por Arthur Lopes

Para desenvolvimento de um projeto estrutural, se faz necessário uma análise completa, levando em consideração todos os fatores embasados em normas, garantindo a fixação do sistema fotovoltaico como um todo.

A SSM Solar do Brasil, sendo pioneira na fabricação de estruturas, preza pela qualidade e segurança dos produtos, sempre buscando a inovação e tecnologia aliados a certificações e laudos estruturais.

Para o dimensionamento de uma estrutura fotovoltaica, seguimos as principais normas técnicas da ABNT para esta finalidade, sendo elas:

• NBR 6123 – Forças devido ao vento em edificações;
• NBR 8800 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios;
• NBR 14762 – Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio.

Durante as etapas de dimensionamento, o projeto passa por várias análises via softwares, onde a análise é realizada considerando as cargas de vento previstas em norma para verificar a integridade da estrutura quando exposta ao pior cenário de vento possível e para que ela não entre em colapso.

Tanto ações verticais como ações horizontais, devem ser resistidas pelo sistema estrutural de um edifício.

Essas ações são geradas por cargas que podemos classificar como cargas permanentes e variáveis dependendo das circunstâncias que se encontram, por exemplo: os módulos fotovoltaicos são considerados cargas permanentes, pois estão fixos na estrutura, enquanto o vento são cargas variáveis, podendo oscilar de acordo com a sua velocidade.

Cargas permanentes: são formadas pelo peso próprio de todos os elementos constituintes da estrutura, incluindo os pesos de equipamentos e instalações permanentes suportados na estrutura.

Sobrecarga: de acordo com a NBR8800/2008, admite-se que a ação variável acidental englobe as cargas resultantes de instalações até um limite superior de 0,05 kN/m².

Vento: como o vento tem grande importância no dimensionamento de estruturas metálicas, são usadas como critérios de cálculo as recomendações da NBR 6123/1988 para o correto levantamento das solicitações provocadas pelo vento.

Análise do vento

Para a análise de ventos, é utilizado o software Rwind Simulation, um programa para simulações numéricas de fluxo de vento (Tunel de vento digital) em torno de edifícios ou quaisquer outros objetos gerando cargas de vento, ou seja, forças que atuam sobre esses objetos.

Perfis de vento e diagramas de intensidade de turbulência podem ser gerados de acordo com os seguintes padrões:
• European Union EM 1991-1-4
• United States ASCE/SEI 7-10
• United States ASCE/SEI 7-16
• Canada NBC 2015

Verificação de cálculo por definições de carga

Entrando, mais afundo nos cálculos, é necessário fazer uma verificação por definições de carga, ou seja, aplicar no software todos os dados já definidos para análise de aprovação da estrutura, considerando:
PP = Peso Próprio: Automático pelo software;
CP1 = Sobrecarga dos Painéis Fotovoltaicos;
SCU1 = Sobrecarga de utilização conforme norma NBR 8800;
VENTO = Conforme isopleta de ventos da região de instalação;

Figura 2

Com análise concluída, chegamos na verificação de aprovação onde é avaliado todas as resultantes, por exemplo: resistência à compressão, flexão, torção, momento fletor, esforço cortante, entre outros.

Figura 3

Cada componente chega a um resultado de aprovação, considerando que alguns pontos são mais sobrecarregados do que outros.

Análise de elementos finitos (FEA)

Este método de análise permite simular como a estrutura se comporta em uma aplicação real. Essa previsão é feita em software que permite a aplicação de carregamento de forças sob a estrutura, as quais podem ser definidas como vibração, calor, vazão de fluidos e outros efeitos. A partir disso, é possível saber se o material irá se comportar da forma que foi projetado.

O FEA possui um alto grau de complexidade. Esse método traz resultantes de comportamentos de peças afetadas pelos efeitos físicos de:
• Tensão Mecânica;
• Vibração Mecânica;
• Fadiga;
• Movimento;
• Transferência de Calor;
• Vazão de Fluidos;
• Eletrostática;

Demonstrando a aplicação desta análise na estrutura fotovoltaica, as cargas pontuais utilizadas são baseadas na área de aplicação, velocidade do vento e o peso dos módulos.

Análise de Von Misses: nesta simulação é possível identificar que o suporte sofre uma tensão máxima nos pontos verdes sendo ela superficial, enquanto a tensão gerada na parte interna da peça fixa na cor azul, assim mostrando que a peça é aprovada.

Análise de Deslocamento: podemos também identificar a deformação máxima do suporte caso seja extrapolada a carga calculada.

Análise de Fadiga: mostra que com o tempo o suporte pode começar a deformar nos pontos mais críticos, que estão identificados em vermelho.

Ensaio de Fadiga


Já com todos os cálculos definidos e aprovados, é feito um protótipo do suporte que posteriormente é submetido ao ensaio de fadiga, onde é aplicado cargas em um corpo de prova que determina a resistência da peça.

O ensaio possibilita avaliar diversos fatores na peça, entre eles a tração-compressão, flexão e torção. Esses resultados precisos são essenciais para validação de todo o memorial de cálculo.

Tendo em vista todo esse estudo para o desenvolvimento de projetos e para a fabricação das estruturas fotovoltaicas, a SSM tem alguns diferenciais que se destacam no mercado solar, podendo trazer para seus clientes a qualidade e segurança de um produto com 30 anos de garantia, tempo compatível com a garantia de eficiência dos módulos fotovoltaicos, e um suporte de engenharia fortemente qualificado para acompanhamento dos projetos em execução.

Arthur Lopes





SOBRE O AUTOR
Arthur Lopes é formado em Engenharia Mecânica e faz parte do time de Engenharia na SSM Solar do Brasil.

SOBRE A SSM SOLAR
A SSM Solar do Brasil é a única empresa fabricante de estruturas que proporciona aos seus clientes 30 anos de garantia, temos a linha de produtos mais completa que você encontra no mercado atendendo aos projetos para Telhados e Usinas de Solo com precisão e o melhor custo benefício.

SSM Solar – Instalações de qualidade com 30 anos de garantia

SSM Solar - Instalações

A busca pela qualidade é uma das marcas da SSM Solar, empresa brasileira que produz estruturas para instalações de sistemas de geração de energia solar fotovoltaica.

Parceira da Célula Energia, a SSM está no mercado desde 2011 e produz estruturas de solo e de telhado com matéria prima de ponta, usando, por exemplo, aço de alta qualidade de empresas renomadas no mercado.

Segundo o engenheiro mecânico Marcelo Pereira, responsável técnico da SSM, a empresa coloca no mercado produtos de altíssima qualidade e que chegam até o consumidor final com durabilidade comprovada e garantia de fábrica de até 30 anos.

Só uma empresa que investe em pesquisas, engenharia e materiais de alta qualidade em todos os seus processos de produção pode oferecer uma garantia tão longa.

Ao montar um projeto de geração de energia solar, seja de solo ou de telhado, dê preferência sempre a produtos e equipamentos de qualidade comprovada. Evite transtornos.

Confiança e qualidade são fatores decisivos para uma instalação eficiente e bem-sucedida de um sistema solar.

Medição da Resistência Ôhmica de um Cabo

A medição da resistência ôhmica de um cabo é de vital importância para o funcionamento correto de uma instalação fotovoltaica. No meu artigo “Instalação Fotovoltaica: A importância da Resistencia Ôhmica em um Condutor Elétrico”, dou mais informações sobre esse assunto.

Por hora, vamos falar sobre o passo a passo da medição da resistência ôhmica de um cabo fotovoltaico.

O princípio de medição da resistência ôhmica é um método desenvolvido por WilliamThomson, um físico e matemático britânico, nascido na Irlanda no Norte no século XIX, que posteriormente foi agraciado com um título de nobreza, em reconhecimento as suas realizações, passando a ser conhecido como Lord Kelvin.

 Lord Kelvin criou, entre muitas outras coisas, um sistema de medição de resistências elétricas (ôhmicas) muito baixas, conhecido como Ponte de Kelvin, Ponte Dupla de Kelvin, Ponte de Thomson, Método de Kelvin, etc.

Nesse método a resistência elétrica das pontas de medição é desconsiderado. Portanto a medição se torna muito mais precisa, o que é de fundamental importância quando se mede resistências ôhmicas muito baixas, da ordem de mili-ohms. Quem quiser se aprofundar mais sobre esse assunto vai encontrar muito material na Internet.

Por hora, vamos voltar ao nosso passo a passo de medição, conforme proposto.

Os equipamentos utilizados neste processo são:

  • Microhmímetro calibrado;
  • Régua de fixação do cabo, a qual chamaremos de Ponte Kelvin calibrada;
  • A norma ABNT NBR NM 280;
  • Termômetro calibrado.

Um ponto importante é que a distância dos dois pontos de medição interna da nossa régua é exatamente 1 metro, calibrado. Portanto a medição sempre se refere a 1 metro de cabo.

Também, para facilitar o nosso trabalho e garantir a nossa segurança, utilizaremos os equipamentos auxiliares abaixo:

  • Decapador de Fios;
  • Soprador Térmico;
  • Luva térmica.

Montamos o nosso aparato de testes conforme figura abaixo:

Em seguida, com o auxílio de nossos equipamentos auxiliares, removeremos parte da isolação e da cobertura do cabo, expondo o condutor elétrico de cobre estanhado, tomando-se muito cuidado pois não queremos romper nenhum fio do cabo.

Fixamos o cabo a ser medido ao nosso aparato de medição conforme foto abaixo:

Lembrando que, tanto o aparato como o cabo, devem estar na mesma temperatura ambiente do local onde se faz a medição. Recomenda-se deixar o cabo dentro da sala por um período para que ocorra a equalização da temperatura.

O próximo passo, é ligar o microhmímetro e ajustar a sua escala, para a medição de grandezas da ordem de mili-ohms.

Feito isso, registrar o valor indicado no visor do microhmímetro, conforme exemplo abaixo

Também é importante registrar a temperatura ambiente em que a temperatura foi feita.

No nosso exemplo, o valor acusado no microhmímetro foi de 3,25 mΩ/m (três virgula vinte e cinco mili-ohms por metro) e a temperatura ambiente no momento da medição foi de 25,7°C.

Em seguida, na Através da tabela 5, da página 13 da norma ABNT NBR NM 280, localizamos a temperatura de medição e o seu respectivo fator de correção. Utilizaremos a temperatura de 26°C, que é a mais próxima a de 25,7°C, encontra.

No nosso exemplo, o fator de correção encontrado foi de 0,977.

Então, multiplicaremos o valor encontrado na medição, que foi de 3,25 mΩ/m   por 0,977, obtendo o valor da resistência corrigida a 20°C de 3,18 mΩ/m.

A resistência de 3,18 mΩ/m equivalem a resistência de 3,18 Ω/km.

Fazemos isso pois a temperatura de medição da resistência ôhmica da norma é de 20°C. Então temos que fazer a correlação do valor da resistência encontrada a temperatura da medição com a da tabela da norma, medida a 20°C.

Calculado isso, vamos comparar o valor obtido acima com a máxima resistência permitida a 20°C, na tabela 3, coluna 4, da página 11 da norma ABNT NBR NM 280.

O valor obtido, deve ser menor ou igual ao indicado na norma, em função da seção do cabo.

Admitindo-se que o nosso cabo em teste tem uma seção de 6 mm², o valor máximo permitido seria de 3,39 Ω/km. Portanto o nosso cabo estaria dentro dos parâmetros especificados pela norma (3,18 Ω/km ≤ 3,39 Ω/km).

ERROS COMUNS DURANTE O PROCESSO DE MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA ÔHMICA:

  1. Medir a resistência ôhmica logo após o decape, onde o cabo ainda está aquecido pelo soprador térmico.
  2. Medir o cabo sem que a temperatura do mesmo seja a mesma do ambiente onde ele se encontra.
  3. Medir a temperatura, com um termômetro que foi colocado no local, a pouco tempo e ainda não atingiu a estabilidade térmica.
  4. Medir a resistência ôhmica e não fazer a correlação com o fator de conversão térmica.
  5. Medir a resistência ôhmica sem que o cabo esteja bem fixado nos 4 mordentes.
  6. Medir a resistência ôhmica de um cabo que teve alguns fios danificados (rompidos) durante o decape.

BIBLIOGRAFIA:

  1. “The New Oxford Dictionary of Scientific Writers and Editors”, Elizabeth A. Martin, Oxford University Press; 2nd edition (June 22, 2009)
  1. Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR NM 280:2011.
  1. Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 16612:2020.
  1. “Procedimento de Medição de Resistencia Ôhmica de Cabos Fotovoltaicos” – New Cabos Ltda

CURRÍCULO
Wagner Boudart é graduado em Tecnologia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), tendo trabalhado em indústrias multinacionais de grande porte, nas áreas de Engenharia Industrial e como “New Product Launch”. Possui diversos cursos, inclusive internacionais, tendo trabalhado na Alemanha, Hungria, Estados Unidos da América, entre outros lugares. Atualmente é responsável pelas Engenharias de Produto, Industrial e de Qualidade da New Cabos Ltda, fabricante de cabos fotovoltaicos.

Corpo de Bombeiros e Ecori Energia Solar promovem capacitação para combate a incêndios em usinas fotovoltaicas

Preocupação com a segurança das instalações cresce à medida que demanda por produção de energia solar ganha cada vez mais espaço

Acompanhando o crescimento exponencial da energia solar fotovoltaica em todo o Brasil, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal iniciou uma força-tarefa para capacitar suas equipes e definir uma normativa técnica para mitigar os riscos de incêndio e choque elétrico, assim como aprimorar algumas técnicas de incêndio em sistemas fotovoltaicos.

Na última semana, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e a Ecori Energia Solar realizaram uma capacitação para cerca de 350 pessoas entre militares, estudantes da corporação e convidados. O treinamento foi realizado na Academia de Bombeiro Militar Cel. Osmar Alves Pinheiro.

Pioneira no mercado a trabalhar com a tecnologia MLPE, em que cada painel pode ser monitorado individualmente, a Ecori tem em seu DNA questões como segurança e capacitação. “Desde o início, optamos por trabalhar com equipamentos da APsystems e da SolarEdge, e mais recentemente também com os otimizadores da Huawei, com a tecnologia MLPE, o que deixa clara a nossa preocupação com segurança”, destaca João Souza, responsável técnico da Ecori Energia Solar.

Para o Hugo Leonardo, 3º Sargento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, a capacitação é fundamental para a corporação. “Segurança é uma palavra-chave quando o assunto é energia solar. Com o crescimento das energias renováveis é essencial que todos os profissionais estejam preparados para atuar em incêndios e choques elétricos em sistemas fotovoltaicos.”

“Segurança é um valor inegociável para nós da Ecori, tanto que não abrimos mão de fazer, durante o ano todo, treinamentos sobre as tecnologias e os componentes que utilizamos em nossas soluções, sempre trazendo o tema segurança e monitoramento, tirando dúvidas, falando de novidades”, enfatiza João Souza.

Capacitação
O treinamento teve uma parte prática com a simulação de arco elétrico em corrente contínua, que foi conduzida por João Souza, além da apresentação de carros elétricos e inversores. Na parte teórica, a capacitação contou com palestras sobre mobilidade elétrica e arcos elétricos, além de trazer a visão dos fabricantes nos mercados, com Maurício Ritter, da SolarEdge, e Mariani Pereira, da APsystems.

Tecnologia mais segura
As soluções que usam a tecnologia MLPE são essencialmente mais seguras. A sigla em inglês significa eletrônica de potência em nível de módulo. A Ecori Energia Solar é pioneira em soluções com MLPE no Brasil e líder desse mercado. No sistema MLPE, a produção de energia é maior quando comparada a sistemas tradicionais. O gerador fotovoltaico como um todo proporciona maior segurança elétrica nas instalações, maior garantia dos equipamentos, melhor desempenho em condições climáticas adversas, menor queda na produção de energia pelo processo de degradação natural dos painéis, maior flexibilidade de instalação e uma capacidade de expansão simplificada do sistema, caso seja necessário. 

Em mercados mais maduros onde o sistema fotovoltaico já é uma tecnologia mais conhecida, existem requisitos de segurança para minimizar os riscos de incêndio e choque elétrico e, assim, facilitar o trabalho do corpo de bombeiros em ocorrências com um sistema fotovoltaico envolvido. Esse cuidado é necessário, visto que enquanto o sol estiver brilhando, os sistemas fotovoltaicos estão energizados. Quando isso acontece nos sistemas da categoria MLPE a tensão é reduzida para uma tensão de segurança, com cerca de 80 a 120 volts, diferente dos outros sistemas em que a tensão alcança até 1000 volts, mesmo com o sistema e disjuntores desligados. Essa redução de tensão é fundamental para que os bombeiros possam atuar no combate ao incêndio com segurança e sem riscos de choques elétricos.

Sobre a Ecori Energia Solar
A Ecori Energia Solar foi fundada em 2010 em São José do Rio Preto (SP), onde está seu escritório central. Na cidade ao lado, Mirassol, está seu maior centro logístico. Também tem escritórios e centros de distribuição em Barueri (SP), Itajaí (SC) e Recife (PE). Conta com uma rede de 29 unidades B2B pelo país. É pioneira no Brasil na mais avançada tecnologia em energia fotovoltaica, a MLPE, sistema formado por microinversores e inversores com otimizadores de potência. Trabalha diretamente com a importação e distribuição de equipamentos para o mercado de energia solar on-grid, atendendo exclusivamente revendedores, instaladores e integradores. As soluções da Ecori atendem tanto o mercado residencial quanto comercial, rural e industrial. No final de 2021, a Ecori foi escolhida como a melhor distribuidora do setor fotovoltaico brasileiro no prêmio da Solar TV. www.ecori.com.br.

Livro técnico revela detalhes dos sistemas de energia solar fotovoltaica

Publicação de engenheiro que atua em Valinhos está á venda nas principais plataformas de e-commerce e aborda questões específicas com linguagem acessível e ilustrações

Entrega do livro para Carlos A. Castro, professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP) responsável pelo prefácio da obra

O engenheiro William Cambuhi de Oliveira, fundador da Célula Energia e especialista em sistemas de geração de energia solar, acaba de lançar o livro “Energia Solar Fotovoltaica – Fundamentos, Inovações Tecnológicas e suas Aplicações”, pela Editora Átomo.

Palestrante, professor universitário e autor também de cursos presenciais e on-line para o setor, William tem a sede de seu escritório em Valinhos e também contribui com pesquisas na área de produção de energia limpa.

No livro, ele apresenta conceitos básicos de energias renováveis, com foco na geração solar, além de componentes, tecnologias, descrições e a viabilização de instalações residenciais, comerciais e residenciais.

“Nosso propósito é mostrar um novo horizonte para estudantes e profissionais técnicos, alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de engenharia e outras áreas de conhecimento, como o empreendedorismo, e principalmente para aqueles que queiram iniciar nesta importante área das energias renováveis, com ênfase em energia solar fotovoltaica”, diz o autor.

Com a realização da COP27, no Egito, o debate sobre energias limpas está no centro das discussões internacionais e tem repercutido de forma intensa.

“A Humanidade precisa conter o aquecimento global e seus efeitos devastadores sobre o planeta, mas ao mesmo tempo precisa cada vez mais de energia para as necessidades de produção e do dia a dia das pessoas. A energia solar é peça fundamental nessa discussão e surge como alternativa inteligente, barata e sustentável para solução desse impasse”, afirma William.

“Após entender o processo de geração de energia solar fotovoltaica, não haverá limites para onde você pode chegar na sua carreira ou na sua própria empresa. Com uma cadeia produtiva bem estabelecida no Brasil, maior será o investimento em pesquisas, inovações e estratégias para o desenvolvimento nacional. Afinal, quanto maior o número de pessoas no Brasil que se dedicarem à geração de energia solar fotovoltaica, maior será o lucro gerado no país e maiores serão as chances de crescimento global e retorno financeiro para todos os brasileiros”, disse o professor Nasser Mahmoued Hasan, que possui mestrado e doutorado em engenharia elétrica e escreve a orelha do livro.

Com a colaboração de Marcel Trombetta Pazinatto, João Paulo de Souza e José Teodoro dos Santos Júnior, a publicação tem 172 páginas e prefácio de Carlos A. Castro, professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP).

O livro pode ser adquirido na própria editora Átomo ou nas principais plataformas do mercado, como Amazon, Submarino, Shoptime e Americanas. O valor é de R$ 48,00. Veja os links a seguir.

Editora Átomo

Amazon

Americanas

Submarino

Shoptime

Principais propriedades de um cabo fotovoltaico

Por Wagner Boudart

Continuando com a nossa filosofia do “back to basic”, vamos falar hoje de maneira suscinta, sobre as principais características de um cabo fotovoltaico

A principal função de um cabo fotovoltaico é a transmissão de corrente elétrica entre os painéis fotovoltaicos e o(s) inversor(es) de corrente. Para tal, ele deve ser corretamente instalado e dimensionado, levando-se em conta alguns fatores como:

Potência de trabalho;
Tensão de trabalho;
Distância entre os módulos e o inversor de frequência;
Queda de Tensão máxima admissível;
Temperatura de Trabalho;
Modo de instalação;
Capacidade de condução de corrente elétrica.

Porém, na “vida” de um cabo, isso é somente parte do problema. Ele também tem outras propriedades, exigidas pela norma ABNT NBR 16612 e correlatas internacionais. Vamos abordar algumas delas:

CONDUTOR
Um arame de aço pode ser rompido com certa facilidade, flexionando-se o mesmo para cima e para baixo, repetidas vezes, até que ocorra o seu rompimento. Esse tipo de rompimento é chamado de rompimento por fadiga mecânica.

Já o cobre de alta pureza que compõe os condutores de um cabo fotovoltaico, possui uma resistência à fadiga mecânica maior do que do aço. E isso é de grande importância pois, dependendo do modo de instalação, os cabos estão sujeitos a grandes fadigas mecânicas, como as originadas pelos ventos, que podem fazer os cabos apresentarem movimentos oscilatórios, ou as originadas pela própria manipulação, durante o processo de instalação do sistema.

Além disso, a medida que adicionamos, mesmo que de forma indesejada, outros componentes ao cobre durante o processo de fundição, acabamos por causar a sua fragilização, tornando-o mais susceptível ao rompimento e também aumentando a sua resistência elétrica (ôhmica). Isso pode ocorrer especialmente em cobre reciclado, uma vez que é mais difícil o controle da pureza do cobre empregado durante esse processo, que pode ser de várias origens diferentes, podendo gerar contaminação por outros materiais. Como o cabo é composto por múltiplos filamentos de cobre estanhado, alguns deles podem se romper, ocorrendo o aumento da resistência ôhmica e o superaquecimento do cabo, por efeito Joule.

ISOLAÇÃO (DUPLA)
Todo cabo fotovoltaico é recoberto por duas camadas de material isolante. A primeira delas tem como função principal, isolar o cabo, ou seja, impedir que o fluxo de elétrons seja desviado pelo contato com outros corpos condutores, causando choques elétricos, fuga de corrente ou curto circuito.

A segunda camada tem por objetivo, além obviamente da isolação, a proteção do cabo contra agentes externos, como raios ultravioleta, agentes ácidos ou básicos, ozônio, proteção contra chamas, intempéries, etc. Ela também é composta por um material termofixo, como também o é, a primeira isolação. Porém, ela recebe uma série de aditivos para que possa oferecer a proteção requerida. Ambas as isolações também agem como um escudo mecânico, choques mecânicos, cortes, estiramentos, etc., que podem causar danos ao condutor como rompimentos de fios, entre outros.

Vamos falar um pouco mais sobre as funções dessa dupla isolação:
Proteção contra choques elétricos: obviamente, um cabo energizado, sem isolação elétrica adequada, pode causar ferimentos graves ou mesmo fatais a quem quer que toque no seu condutor, sem os devidos EPI´s.

Proteção contra curto circuitos e fuga de corrente: um cabo energizado, sem isolação elétrica adequada, pode gerar fuga de corrente elétrica, causado pelo contato entre os condutores energizados ou entre os condutores energizados e outros corpos condutores de energia elétrica.

Proteção contra choques mecânicos: um cabo está sujeito a choques mecânicos, como amassamento, pancada ou contato com superfícies cortantes, que possam danificar ou romper os fios condutores.

Proteção contra os raios solares UV: a luz solar é composta por ondas eletromagnéticas, em especial as UV’s (A e B). Essas ondas podem interagir com diversos matérias, inclusive tecido humano, provocando danos a sua estrutura molecular. Por isso, cabos instalados diretamente sob o Sol, podem ter a sua cobertura degradada, gerando fissuras, que causam a perda das propriedades elétricas isolantes do cabo.

Proteção contra o ozônio: o ozônio é um gás formado principalmente por descargas elétricas atmosféricas (raios e relâmpagos) e está presente em nossa atmosfera. Esse gás, que é altamente oxidante, pode reagir com o material da isolação, se este não for devidamente aditivado, e provocar o aparecimento de fissuras na cobertura, causando a perda das propriedades elétricas isolantes do cabo

Proteção contra solos ácidos e básicos: em determinadas situações, e conforme normas de instalação, os cabos podem ser enterrados no solo. Um solo pode ter pH ácido, menor que 7 (solos ácidos) ou pH básicos, maior que 7 (solos alcalinos). Um solo muito ácido ou muito alcalino pode atacar a superfície do cabo e, a longo prazo, causar a perda das propriedades elétricas isolantes do cabo

Proteção contra temperaturas externas elevadas: a isolação deve resistir a temperaturas externas contínuas de até 90°C, de modo a garantir a sua instalação em locais inóspitos, onde as temperaturas ambientes podem ser próximas a 50°C, potencializadas pela indecência direta dos raios solares e pelo aquecimento do condutor.

Proteção contra temperaturas internas elevadas: um cabo elétrico (não estamos falando de supercondutores), quando percorrido por uma corrente elétrica, acaba se aquecendo, pois, parte dessa energia é perdida sob forma de calor, devido às colisões dos elétrons com os núcleos dos átomos que compõem o material. A quantidade de aquecimento varia dependendo de diversos fatores. Por isso, a isolação deve resistir a temperaturas internas (temperatura do condutor) da ordem de até 120°C, por até 20.000 horas, sem que a mesma se degrade. Um cabo bem dimensionado e instalado corretamente por pessoal habilitado e conforme normas, não deveria habitualmente chegar a essa temperatura, mas é mais um requisito de segurança exigido pelas normas.

Proteção contra temperaturas externas baixas: a isolação deve resistir à temperatura de até -15ºC (norma brasileira), sem perder as suas propriedades isolantes e mecânicas. Isso assegura que o cabo pode ser instalado nas mais frias regiões do Brasil. Nas normas internacionais, essa temperatura mínima pode ser ainda menor, dependendo do país e da severidade das suas condições climáticas.

Proteção contra a chuva ácida: é comum vermos em grandes centros, esculturas antigas degradadas por chuva ácida, que é a combinação das águas da chuva com a poluição atmosférica, principalmente em regiões com grande tráfego de veículos e com intensa produção industrial. Essa chuva, à longo prazo, também pode atacar a isolação dos cabos.

Alguns outros requisitos da isolação do cabo são:

A cobertura deve ser isenta de gases halógenos: gases halógenos ou halogênicos, são os gases que possuem pelo menos um dos elementos químicos Flúor (F), Cloro (Cl), Bromo (Br), Iodo (I), Astato (At) e Tenesso (Ts), em sua composição. Em caso de queima, esses gases liberados são liberados e, à exceção do iodo, são prejudiciais à saúde humana, podendo inclusive serem fatais, dependendo da quantidade inalada. Lembrando que o Astato e Tenesso não tem nenhuma utilização, prática ou comercial.

A cobertura também deve possuir componentes retardantes a chamas: que implica na não propagação de chama, em caso de incêndio.

A cobertura não deve gerar fumaça espessa: em caso de ser submetidos a uma fonte de calor intensa e contínua, os cabos não podem gerar grandes quantidades de fumaça.

CONCLUSÃO
Apesar da principal função de um cabo fotovoltaico seja o transporte de corrente elétrica, ele deve suportar uma série de outras exigências, para que possa assegurar a sua integridade, durabilidade e segurança dos usuários e de toda a instalação. Portanto, seu uso é mandatório em instalações fotovoltaicas, conforme norma ABNT NBR 16690.

Nota do Autor
Este artigo tem por finalidade aguçar a curiosidade do leitor, de modo que o mesmo possa compreender a magnitude de algo que é, aparentemente tão simples, como um cabo elétrico fotovoltaico. A ideia é de que sirva para que os que pretendem se aprofundar na busca pelo conhecimento, possa, vislumbrar esse universo e se aprofundar em suas pesquisas, em materiais técnicos específicos. Não foi escrito para acadêmicos e nem para especialistas, pois esses já detêm, em profundidade, esse conhecimento.

BIBLIOGRAFIA
Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR NM 280:2011.
Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 16612:2020.
Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 16690:2019.

CURRÍCULO
Wagner Boudart é graduado em Tecnologia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), tendo trabalhado em indústrias multinacionais de grande porte, nas áreas de Engenharia Industrial e como “New Product Launch”. Possui diversos cursos, inclusive internacionais, tendo trabalhado na Alemanha, Hungria, Bélgica, Estados Unidos da América, México, entre outros países.

Atualmente é responsável pelas Engenharias de Produto, Industrial e de Qualidade da New Cabos Ltda, fabricante de cabos fotovoltaicos.

New Cabos – www.newcabosolar.ind.br

Plataforma de cursos da Ecori se transforma na Netflix do mercado de energia solar

Empresa é uma das mais tradicionais do mercado e atua como ligação entre os fabricantes que estão fora do país e as revendas integradoras no Brasil

A Ecori, empresa que atua no mercado fotovoltaico como distribuidora de produtos, acaba de lançar durante a Intersolar South America, em São Paulo, o que está sendo chamado de “Netflix do mercado solar”: uma plataforma  de cursos variados, gratuita e de fácil acesso.

“Aqui na feira temos palestras e cursos o dia inteiro e o grande destaque, a gente acabou de lançar a plataforma EcoriPlus. Ela já tem mais de 60 vídeos com cursos técnicos, cursos sobre certificação, sobre gestão, como abrir uma empresa, fluxo de caixa, para levar ao máximo de profissionalismo ao mercado”, afirma Arthur Santini, diretor da Ecori Energia Solar.

A empresa é uma das mais tradicionais do mercado e atua como ligação entre os fabricantes que estão fora do país e as revendas integradoras no Brasil. É líder, pioneira e especialista na categoria MLPE. “Nossa grande missão e o que o pessoal pode esperar da Ecori ainda esse ano, pro ano que vem e acredito que sempre, é esse pioneirismo de buscar o que tá na vanguarda no mundo e trazer pro mercado brasileiro. Ser curadores dessa tecnologia que vai vir pro nosso mercado”, afirma Arthur.

“Hoje nosso principal parceiro é APsystems. Hoje o nosso carro-chefe, sem sombra de dúvidas, são os microinversores, que vieram evoluindo muito ao longo do tempo. Então hoje a gente tem dois produtos principais: QT2D e o DS3D. São os dois principais produtos que a gente tá trabalhando na feira e trabalhando comercialmente também durante esse ano”, disse Arthur.

Um outro ponto importante destacado pelo executivo é a humanização no atendimento e nas relações com todos os parceiros de forma geral. “A gente tem um DNA muito forte de ter uma relação muito próxima com a revenda. A gente não quer ter aquela relação de que o cliente entre em uma plataforma e compre sem saber com quem está falando. Todo cliente nosso tem uma pessoa que atende, ele tem um contato humano passando pelo nosso suporte. Nosso suporte técnico é considerado no mercado como um dos melhores, se não o melhor suporte técnico das distribuidoras que existem. A gente trabalha muito forte na parte de conhecimento”, disse. 

Responsabilidade social

Um dos diferenciais da empresa é o conceito de responsabilidade social que ela trabalha dentro e fora de suas unidades. “A gente tem um comitê interno de ESG onde a gente olha as oportunidades que existem. Nosso produto, em si, já é um produto ESG. Trabalhar com energia solar de certa forma já tem a sua importância, mas a gente entende que isso é pouco, então a empresa vem participando de alguns projetos”, disse.

Pensando desta forma, a empresa é parceira do Instituto gerando Falcões em um grande projeto de revitalização de uma favela em São José do Rio Preto, no Interior de São Paulo. “Trabalhamos alguns projetos extremamente simples, como por exemplo nosso escritório faz reciclagem e campanhas de arrecadação de agasalho e de alimentos. E temos ações maiores, como a revitalização de uma favela em São José do Rio Preto. Estamos construindo moradias dignas para todas as famílias, mas não é só a casa, junto com isso entra a capacitação, dar oportunidade para essas pessoas, inclusive fazendo parceria para trazer moradores dessa favela para trabalhar dentro da Ecori. Não é só ajudar com o dinheiro para reconstruir essas casas. A gente também está tentando ajudar a comunidade a se reerguer”, disse Arthur.

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A Célula Energia é uma provedora de conteúdos, cursos e workshops na área de energia limpa e renovável.

CNPJ: 36.272.537/0001-58

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