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SSM Solar leva dois estandes à feira e aposta em produtos com 30 anos de garantia

Empresa tem 400 colaboradores em sua unidade no Sul do País e deve chegar a 1.200 em Pernambuco e tem crescido acompanhando a ampliação do setor de energia solar

A SSM Solar, empresa especializada em estruturas de fixação de painéis fotovoltaicos para o mercado de geração distribuída e de geração centralizada, foi um dos destaques da Intersolar South America, em São Paulo, realizada na última semana no Expo Center Norte. A empresa teve dois estandes para receber clientes e parceiros e tem como objetivo ampliar a participação no mercado interno e ainda anunciar novidades em breve.

Um dos diferenciais da empresa é a questão da garantia dos seus produtos, que chegava 30 anos. “Nós somos a única empresa no mercado que dá garantia de 30 anos para os nossos clientes. Para ter ideia, hoje nossa engenharia tem 12 pessoas, sendo 8 engenheiros. Nós desenvolvemos nossos produtos desde a matéria prima até quando nós entregamos ao nosso cliente, porque nós sabemos que estamos vendendo um produto com qualidade que vai ter essa durabilidade necessária para o sistema”, disse Carlos Bebiano, diretor de Operações da empresa.

“Nós trabalhamos com duas linhas que eu sou apaixonado, é a nossa linha Solofix, que eu gosto muito por ela ser prática, manter a garantia dos 30 anos do sistema de geração. Nunca houve sinistro e eu sou apaixonado pela linha rooftop também. Sim, eu falo a você com toda certeza do mundo, ela tem 30 anos e principalmente ela é segura. Quando a gente tem um produto seguro, está cuidando das famílias que estão dentro das casas. Isso pra mim é maravilhoso”, afirma Carlos.

A SSM tem cerca de 400 colaboradores em sua unidade no Sul do País e deve chegar a 1.200 na unidade de Pernambuco e tem crescido acompanhando a ampliação do setor de energia solar. “Um dos principais motivos de satisfação no nosso negócio é a geração de emprego por meio das nossas fábricas. Na região Sul nós empregamos quase 400 pessoas. Nossa fábrica em Pernambuco vai chegar a empregar 1.200 pessoas. E o mais importante, quando você trabalha com um produto de qualidade, você vê que o cliente final que vai instalar um sistema fotovoltaico, seja uma indústria, seja um comércio, seja uma residência, aquela pessoa sabe da segurança e que também está gerando emprego dentro da empresa dele, seja o empregador, o instalador, a revenda, o distribuidor ou o próprio eletricista. A cadeia é bem longa”, disse. 

. “Fizemos o lançamento do nosso tracker. A SMM é a única empresa dentro da Intersolar 2022 com dois estandes. O estande principal, próximo à parte de alimentação, e o estande do carport, separado. Fazemos isso para demonstrar a qualidade dos nossos produtos e dos nossos clientes e para dar um espaço melhor e um conforto para o atendimento. Logo vocês vão ter notícias da Intersolar e a SSM no mundo”, disse. 

“Nosso principal segmento são as estruturas de fixação para os painéis fotovoltaicos,  atendemos todas as linhas. Hoje nós atendemos tanto na parte do sistema rooftop, de alumínio, sistema de inclinação, solo tracker, estacionamento. Então a gente atende toda linha. O principal da nossa empresa, onde ela surgiu. são os projetos especiais. Nós temos uma engenharia muito forte, nós somos fabricantes, então a gente consegue atender esses projetos especiais, seja do Estado, seja privado”, afirmou.

“Estamos aumentando nossa capacidade produtiva. Quando a gente aumenta nossa capacidade produtiva, consegue gerar mais emprego, mas principalmente incentivar o custo mais acessível da energia fotovoltaica no Brasil. Seja na geração distribuída, que é um pouco mais carente, seja na geração mais centralizada. Nós ajudamos a tornar essa energia mais barata para quem consome, para o consumidor final.” 

Amphenol apresenta novo conector com dupla certificação em 1.500 volts durante a Intersolar

Evento realizado em São Paulo é considerado o maior e mais importante do setor de energia solar na América Latina

A Amphenol, multinacional norte-americana com 90 anos de tradição, atuação em quatro continentes e que se destaca no mercado de energia solar, apresentou uma importante novidade nesta semana durante a realização da Intersolar South America – maior feira do setor na América Latina – realizada em São Paulo: o novo conector H4 Plus.

Segundo Francisco Vieira, gerente de contas da empresa, a novidade é um conector que tem dupla certificação em 1.500 volts. “Todos os outros variam entre 1.000 e 1.500, então essa é uma novidade, lançada pela Amphenol em novembro de 2021 no exterior e que nós trouxemos para lançar aqui no Brasil na Intersolar”, disse.

A Intersolar é a maior feira e congresso para o setor solar da América Latina, realizada anualmente no Expo Center Norte, na capital paulista, enfocando os ramos de fotovoltaicos, produção FV e tecnologias termossolares. Com eventos distribuídos em quatro continentes, a Intersolar é a principal série de feiras e congressos para o setor solar do mundo.

Segundo Francisco, os maiores usuários da novidade lançada pela empresa serão os fabricantes chineses de inversores e painéis. E a empresa está preparada para um rápido aumento na demanda. “Começamos a ver no mercado os primeiros modos e inversores com esse tipo de conector, que é uma novidade. A Amphenol já se preparou, hoje nós já temos um estoque desse conector no Brasil para atender essa futura demanda. Mas o mercado ainda opera em sua maioria no item standart, que é o H4 convencional”, disse.

Antenada no mercado, a Amphenol atua em áreas variadas, como espacial, industrial, automotiva e de telecomunicação, que é sua origem no Brasil, mas enxerga potencial de crescimento expressivo no setor solar. “Viramos a chave para energia solar há cerca de quatro anos. Fabricamos cabos de energia solar, não só o CC, que é nosso carro-chefe, como o CA. É um mercado bem competitivo, mas com muita expectativa. É um mercado que cresce bastante, a gente percebe isso quando roda pelo país. É alguma coisa espantosa, em cada estado a gente vê a motivação e o crescimento explosivo do setor solar”, afirmou Francisco.

Para ele, a tradição da empresa é um diferencial que precisa ser destacado no mercado. “A Amphenol está no mercado há 90 anos. Quando você pensa em uma usina, que você tem que garantir assistência por, por exemplo, 25 anos, você já pressupõe que daqui 25 anos, com certeza, vai ter alguém da Amphenol para atender ou fazer uma reposição.”

Francisco ainda faz um alerta sobre o setor. Segundo ele, muitas empresas foram atraídas para a produção de componentes para o setor solar, mas começaram sem estrutura adequada e ignorando normas do setor. “Não podemos generalizar, mas se comparamos com alguns concorrentes nacionais, que normalmente são empresas familiares, pequenas, que começaram com cabos para construção, há uma grande diferença. Isso precisa ser tratado com muito cuidado, porque o cabo tem que durar 25 anos, no sol, na chuva, e para isso ele tem uma resina que garante proteção, mas tem muita empresa que não segue as normas e coloca no mercado um cabo que não vai ter essa durabilidade. Você começa a perceber em algumas obras que aparecem defeitos no cabo a partir de dois anos, ele começa a craquelar, a capa começa a ‘farinhar’. Esse é um cabo feito fora de norma. Nosso grande diferencial é ser uma empresa que está no mercado há 90 anos, com 200 fábricas e 90 mil funcionários, garantindo a qualidade do produto que segue a norma”, afirmou Francisco.

Ao avaliar os próximos passos, Francisco acredita que o mercado no Brasil ainda é muito jovem e tem potencial para crescer. “A energia solar no Brasil é algo recente, novo. Por aqui, começamos a falar em painel solar, carro solar, em 2012. Passados 10 anos, é muito claro que temos um mercado em expansão. A Amphenol, uma empresa de tecnologia, entendeu que esse é um mercado de futuro e por isso está atuando de forma intensa por aqui. A gente considera que, na cadeia produtiva do setor, a Amphenol é líder no fornecimento de cabos e conectores”, disse.

O fato de estar presente em mercados mais tradicionais, que já operam com a tecnologia solar há mais tempo, pode ser outro diferencial para a empresa no Brasil. “A Amphenol lá fora olha muito para o Brasil. Nós recebemos algumas sugestões: “olha para esse segmento’’, “olha para esse tipo de cliente, que nós acabamos de lançar um produto aqui que já está, por exemplo, no inversor da Huawei, no painel da Canadian. A Amphenol é o fornecedor desses caras no mundo todo, principalmente Ásia, Europa e Estados Unidos. O mercado americano é gigante para a Amphenol, que é uma empresa norte-americana. Então a tecnologia é a palavra-chave: tecnologia, segurança e qualidade”, afirmou.

A Amphenol tem ainda um time qualificado que trabalha com ESG. “Já tem várias frentes, não só na parte de solar, muito na parte industrial e aeroespacial. A empresa segue uma norma que foi ditada pela matriz dos Estados Unidos, então é uma contribuição que trazemos também para o Brasil”, disse Francisco.

Hospital das Forças Armadas celebra 50 anos com investimento em energia solar

Usina fotovoltaica na área do estacionamento terá estrutura com 9.176 painéis solares e potência de 5 MW. Com mais de 1,5 mil vagas, carport permitirá uma economia mensal estimada de aproximadamente R$ 335 mil

O Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília (DF), celebra seu cinquentenário com investimento de R$ 20,7 milhões em energia solar. Com isso, o hospital terá a maior usina fotovoltaica com MLPE do Brasil, com estrutura de 9.176 painéis de energia solar e potência de 5MW, em uma área total de 25 mil metros quadrados. Quando concluído, o carport, com mais de 1,5 mil vagas, permitirá uma economia mensal estimada de aproximadamente R$ 335 mil ou R$ 4 milhões por ano, com um payback de cinco anos e meio.

O momento de comemoração do jubileu coincide com a conclusão da primeira etapa da construção em que foram instalados 1.850 painéis solares, número que representa 20% dos módulos que serão instalados em toda a obra.

“Foram três meses para a execução do projeto, dois meses para o protótipo e cinco meses para execução dessa primeira etapa. Já estamos com 40% da obra concluída e previsão de entrega para o mês de agosto”, conta Fábio Lamounier, CEO da Renova Engenharia, empresa responsável pela realização da construção.

Os kits fotovoltaicos utilizados na usina foram fornecidos pela Ecori Energia Solar. “Estamos muito animados em fazer parte da construção da maior usina com MLPE do Brasil. Um projeto de alta complexidade como este reforça que a tecnologia MLPE é a mais moderna e indicada para todos os tipos de uso. Além disso, o modelo de carport indica que é possível expandir o uso de energia solar fotovoltaica em larga escala em áreas comerciais e de serviços dentro das cidades”, afirma Leandro Martins, presidente da Ecori Energia Solar.

A construção de um carport é ainda mais complexa quando se trata de um hospital, local que requer cuidados redobrados. “Este projeto é desafiador. Precisamos adequar nossa necessidade à realidade local. Tudo isso com o agravante de ser uma área hospitalar, em que precisamos estar sempre vigilantes com as questões de desligamento de energia, uso de ferramentas sonoras, entre outros pontos que vamos descobrindo no dia a dia”, destaca Fábio.

Outra questão primordial na execução da usina é a segurança da estrutura para suportar esforços de tração como os ocasionados pelo vento. Para isso, os projetos de estrutura e fundação foram estudados até que os engenheiros chegassem ao melhor modelo de estrutura, com postes de apoio único na área central entre duas vagas de estacionamento, ao invés de postes duplos nas pontas de cada vaga. Ou seja, com a estrutura apoiada em um ponto só, com inclinação de 12 graus e altura mínima de três metros e máxima de 5,2 metros. “Essa solução foi baseada em diversas análises e laudos periciais. Além disso, foi realizado um procedimento de tração, simulando o arrancamento pelo vento para verificar se o que foi projetado estaria dentro das condições propostas. Assim, o sistema suportou uma carga de tração até duas vezes superior ao que estaria previsto em projeto”, explica Fábio Lamounier.

Parceria ampliada com o Ministério da Defesa
Este é o segundo projeto de energia solar de alta complexidade realizado pelo Ministério da Defesa. O primeiro, inaugurado há um ano, foi a implantação de uma usina fotovoltaica com MLPE no telhado do próprio ministério, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A usina, com potência instalada de 528 kWp, recebeu um investimento de R$ 2,4 milhões e conta com cerca de 1.600 painéis em uma área de 3.200 metros quadrados. A usina supre cerca de 35% da energia consumida, o que reduziu a conta de luz e ainda tornou o edifício mais sustentável. Todos os equipamentos de energia solar foram fornecidos pela Ecori e a comercialização, engenharia e instalação também ficaram a cargo da Renova Engenharia.

“Nossa presença em projetos como esses reforça nosso compromisso de levar a energia solar ao alcance de todos, seja em residências, edifícios públicos, indústrias, comércios e serviços. A energia solar fotovoltaica é uma fonte sustentável e boa para todos”, destaca Leandro Martins.

Sobre a Ecori Energia Solar
A Ecori Energia Solar foi fundada em 2010 em São José do Rio Preto (SP), onde está seu escritório central. Na cidade ao lado, Mirassol, está seu maior centro logístico. Também tem escritórios e centros de distribuição em Barueri (SP), Itajaí (SC) e Recife (PE). Conta com uma rede de 29 unidades B2B pelo país. É pioneira no Brasil na mais avançada tecnologia em energia fotovoltaica, a MLPE, sistema formado por microinversores e inversores com otimizadores de potência. Trabalha diretamente com a importação e distribuição de equipamentos para o mercado de energia solar on-grid, atendendo exclusivamente revendedores, instaladores e integradores. As soluções da Ecori atendem tanto o mercado residencial quanto comercial, rural e industrial. No final de 2021, a Ecori foi escolhida como a melhor distribuidora do setor fotovoltaico brasileiro no prêmio da Solar TV. www.ecori.com.br.

Resolução publicada no Diário Oficial da União traz otimismo ao setor Fotovoltaico

No Diário Oficial da União de hoje, 28/12/2020, foi publicada uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que estabelece diretrizes nacionais para políticas públicas voltadas à Microgeração e Minigeração Distribuída no País.

São informações otimistas que chegam em boa hora para ajudar o setor de energia fotovoltaica iniciar o ano de 2021. O texto traz os seguintes incisos:

I – acesso não discriminatório do consumidor às redes das distribuidoras para fins de conexão de Geração Distribuída;
II – segurança jurídica e regulatória, com prazos para a manutenção dos incentivos dos atuais consumidores que possuem Geração Distribuída;
III – alocação dos custos de uso da rede e dos encargos previstos na legislação do Setor Elétrico, considerando os benefícios da Micro e Mini Geração Distribuída – MMGD;
IV – transparência e previsibilidade nos processos de elaboração, implementação e monitoramento da política pública, com definição de agenda e prazos de revisão das regras para a Geração Distribuída; e
V – gradualidade na transição das regras, com estabelecimento de estágios intermediários para o aprimoramento das regras para Microgeração e Minigeração Distribuída – MMGD

Com isso, esperamos que o ano que se aproxima traga uma rápida retomada ao segmento solar que até então caminhava em ascensão mas sofreu um pouco com a pandemia e a alta do dólar. Se superarmos mais estas questões, o Brasil poderá se tornar um dos três maiores mercados de geração distribuída do mundo.

Confira na íntegra o despacho do Ministério de Minas e Energia: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/despacho-do-presidente-da-republica-296427418

Influência das Altas Temperaturas nos Painéis Fotovoltaicos

Imagem do visor do termômetro no momento da leitura da temperatura no painel solar. Fonte: Imagem do autor

O ano de 2020 foi um ano atípico para a humanidade e para nós, no Brasil, não foi diferente. Além do COVID-19, o quarto trimestre de 2020 iniciou-se com dias muito quentes, pouca chuva e algumas cidades do interior de São Paulo começaram a sofrer com escassez de água devido a forte estiagem. Novamente, assim como ocorreu no ano de 2014, após a crise hídrica no estado de São Paulo, surge a preocupação quanto a escassez de água e o quanto poderá afetar a produção de eletricidade através das usinas hidrelétricas.

Além de um aumento na tarifa, a escassez de água leva o homem a buscar novas fontes energias renováveis e sempre surgem as duas fontes que ainda são muito pouco exploradas no Brasil – a energia solar fotovoltaica e a energia eólica. Assim como toda fonte de energia renovável, e não seria diferente para a energia solar fotovoltaica, nós sempre teremos pontos favoráveis e não favoráveis para cada uma delas. O calor atípico e intenso diante desses dias mais quentes, podem afetar negativamente os painéis fotovoltaicos. Essa será nossa abordagem aqui.

Os módulos fotovoltaicos geralmente são constituídos de silício e, ao serem sensibilizados pela luz do sol, transformam essa luz em energia elétrica ou mais precisamente, em corrente elétrica. Os módulos são formados por conjuntos de células fotovoltaicas ligadas em série, formando uma string. Diferentemente do que muitos pensam, o painel solar perde eficiência no calor elevado.

O calor pode degradar as células solares e, consequentemente, diminuem a tensão de circuito aberto Voc e tensão de operação Vmp. Por isso é necessário levar em consideração o coeficiente de temperatura em um projeto de sistema fotovoltaico. Painel fotovoltaico precisa de luz e o dia perfeito para uma produção eficiente seria um dia ensolarado com um clima mais típico para o inverno.

Sabemos que a energia solar é um recurso natural e uma fonte de energia limpa e renovável. A oferta de sol de uma determinada localidade é o que garante a geração de energia fotovoltaica. Quando instalamos um painel exposto à radiação solar e temos, como exemplo, uma temperatura ambiente ao redor de 25°C, a temperatura no módulo pode chegar a 45°C, ou seja, de 20°C a 30°C a mais dependendo da região. Isso ocorre porque parte da energia captada é transformada em calor.

Antes de qualquer instalação se faz necessário estudar bem o local, conhecer bem os requisitos do projeto e as condições climáticas para evitarmos surpresas indesejáveis. Para nós, no Brasil, as condições são favoráveis e temos níveis de irradiação melhores do que em muitos outros países mas com esse calor intenso que vem ocorrendo nos grandes centros urbanos, precisamos ficar atentos e observar os efeitos na produção de energia e nos módulos fotovoltaicos.

Sobre o autor:

Eng. Marcel Trombetta Pazinatto

Diretor da Célula Energia Cursos e Treinamentos, Engenheiro Elétrico, Pós-Graduado em Engenharia Eletrotécnica e Sistemas de Potência pelo UNISAL, redator e pesquisador.

Prof. Esp. William Cambuhi de Oliveira

Fundador da Célula Energia Cursos e Treinamentos, Engenheiro de Controle e Automação e Pós-Graduado em Engenharia Eletrotécnica e Sistemas de Potência pelo UNISAL. Possui mais de 10 anos de experiência com projetos elétricos em distribuição conforme a ABNT NBR´s: 5410:2004, 5419:2015, 16690:2019 e 16274:2014 . Professor e palestrante na área de energia solar fotovoltaica e projeto elétrico de distribuição e dimensionamento de componentes elétricos.

A importância da Norma ABNT NBR 16612 na qualificação dos cabos para sistemas fotovoltaicos

Quando pensamos num projeto de energia fotovoltaica, além de diversas dúvidas que surgem quanto à especificação do projeto, precisamos nos atentar sobre o tempo de vida útil de cada componente pois estamos lidando com um sistema que precisa durar de 20 a 30 anos com boa parte da eficiência que existia no início de sua implantação.

Um importante componente do sistema são os cabos específicos para instalações fotovoltaicas. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem avançado na elaboração de normas deste setor e uma delas é a NBR 16612.

A norma ABNT NBR 16612 (Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isolados, com cobertura ― Requisitos de desempenho) traz em seu escopo, diversos requisitos para a qualificação e aceitação de cabos singelos de condutor flexível para uso em corrente contínua em instalações de energia fotovoltaica.

Em seu capítulo 4, nos subitens 4.8.1 a 4.8.3, ela enaltece a marcação da superfície externa da cobertura do cabo, entre outros detalhes, conforme descrito abaixo:

4.8.1 – A superfície externa da cobertura do cabo deve ser marcada a intervalos regulares de até 500 mm, com caracteres de durabilidade, dimensões e legibilidade adequadas.

4.8.2 – A durabilidade da gravação deve ser verificada ao tentar removê-la, esfregando-a levemente com um pano úmido, por 10 vezes; isto não pode alterar a gravação.

4.8.3 – A marcação na cobertura deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) marca de origem (nome, marca ou logotipo do fabricante);

b) seção nominal do condutor, expressa em milímetros quadrados (mm2);

c) inscrição: “USO EM SISTEMA FOTOVOLTAICO”;

d) ano de fabricação;

e) número desta Norma.

A empresa REICON, fabricante de cabos para sistemas fotovoltaicos preza pela qualidade, segue todas as normas em vigor e se preocupa constantemente em levar a excelência para seus clientes.

A imagem ilustra um exemplo do cabo fotovoltaico REISOLAR e podemos observar alguns detalhes do capítulo 4 da norma que foram citados acima.

Sobre a Reicon – Reisolar Cabos Fotovoltaicos:

Fundada em 2011 com o objetivo de proporcionar uma nova opção em cabos de energia aos clientes da região. Certificada pelos órgãos competentes e reconhecida pelo INMETRO, a empresa possui um mix de produção variado na linha de Cabos de baixa tensão e, segue em contínuo processo de desenvolvimento de novos produtos afim de atender a demanda do mercado. Ao longo destes anos, investiu em novos projetos e desenvolvimentos, afim de proporcionar uma melhoria contínua em nossos produtos e processos, para sempre melhor servir nosso cliente.

Acesse: www.reicon.ind.br/reisolar

Os Painéis Solares da Estação Espacial Internacional

A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é uma espécie de laboratório espacial que começou a ser construído em 1998 e foi um grande marco na ciência e na história de colaboração entre vários países. A primeira tripulação partiu em 31/10/2000 e dois dias depois os primeiros trabalhos começaram a ser realizados. Conhecida como expedição n°1, ela era composta pelo comandante americano Bill Shepherd e os russos Yuri Gidzenko e Sergei Krikale.

Localizada a 300km da Terra, a ISS funciona como um laboratório de pesquisa para as mais diversas áreas do conhecimento e para se manter funcional em órbita, ela obtém toda sua energia do Sol através de quatro conjuntos de painéis que podem gerar até 120 kW de eletricidade. A tensão gerada é de cerca de 160 volts DC e uma unidade conversora reduz para 124 volts DC para uso do segmento americano.

Foto 01: Detalhe de um dos conjuntos de painéis solares da Estação Espacial Internacional, 23/09/2015. Crédito: Samantha Cristoforetti ESA/NASA

Todo esse conjunto possui 262.400 células solares e cobrem mais da metade de um campo de futebol. Cada matriz de um dos oito painéis solares tem 31 metros de comprimento e 12 metros de largura.

A envergadura de um painel solar é de 73 metros e é maior do que a envergadura de um Boeing 777, que é de 65 metros. Na captação de energia, é interessante entender que quando os painéis estão direcionados para a luz solar, 60% da energia é utilizada para carregar as baterias e quando a ISS está na escuridão, as baterias atuam e fornecem a energia necessária.

Foto 02: Vista parcial da Estação Espacial Internacional com a Terra e a escuridão do espaço ao fundo, 25/03/2009. Crédito: NASA (S119E008339)

Não é nenhuma novidade a utilização de painéis solares em satélites e estações espaciais. Em 1958, o EUA lançou para órbita o Vanguard 1, que é considerado o primeiro satélite a ser alimentado por energia solar e uma das suas funções era obter medidas geodésicas terrestres. Ele também fez parte da contribuição dos EUA para o Ano Geofísico Internacional (1957-58). Já a estação espacial russa (Mir), que inclusive já não existe mais, recebia também grande parte da sua energia através dos painéis solares, tanto que, fisicamente, ela parecia ter mais painéis do que módulos.

Em suma, o Sol é a fonte principal de energia para os equipamentos que estão no espaço, é uma combinação de baterias e painéis solares que mantém as atividades cotidianas. Em alguns casos, há uma combinação de combustíveis para realizar manobras mais importantes, como a correção de órbita.

Em 31/10/2020 devemos celebrar os 20 anos da presença humana na ISS. Ao todo, mais de 220 pessoas de 17 países estiveram participando das expedições. Esta data também é importante para pontuarmos os principais desenvolvimentos que foram realizados nestas duas décadas, e sabermos o quanto os cientistas estão preocupados em tornar mais eficiente a produção de energia, o que contribui, diretamente, para os projetos de energia fotovoltaica aqui na terra.

Referências Bibliográficas:

About the Space Station Solar Arrays. NASA. Disponível em:

<https://www.nasa.gov/mission_pages/station/structure/elements/solar_arrays-about.html>. Acesso em: 10 ago. 2020.

Mir Space Station. NASA. Disponível em: <https://history.nasa.gov/SP-4225/mir/mir.htm>. Acesso em: 10 set. 2020.

Station solar panels. ESA. Disponível em:

<https://www.esa.int/ESA_Multimedia/Images/2015/09/Station_solar_panels>. Acesso em: 25 ago. 2020.

The world’s oldest scientific satellite is still in orbit. BBC. Disponível em:

<https://www.bbc.com/future/article/20171005-the-worlds-oldest-scientific-satellite-is-still-in-orbit>. Acesso em: 04 set. 2020.

Where Does The ISS Get Its Power?.FORBES. Disponível em:

<https://www.forbes.com/sites/quora/2017/05/19/where-does-the-iss-get-its-power/#176b6ec67149>. Acesso em: 15 ago. 2020.

Sobre o autor:

Célula Energia Cursos e Treinamentos

A Célula Energia Cursos e Treinamentos promove conteúdos, cursos e workshops na área de energia limpa para profissionais da área, sendo técnicos, eletricistas, engenheiros e trabalhadores da cadeia produtiva solar em busca de aprimoramento e atualização. Com uma abordagem dinâmica, de fácil compreensão e alinhada com o que há de mais atual na área de energia limpa renovável, os cursos da Célula Energia abordam os principais temas relacionados à Energia Solar Fotovoltaica.

Webinar: O Uso de Inversores Fotovoltaicos em Instalações com Geradores à Diesel

‘O Uso de Inversores Fotovoltaicos em Instalações com Geradores à Diesel’ é tema a ser discutido no webinar realizado pela Célula Energia e pela empresa convidada Ecori.

Participe!

🗓️ Data: 24 de setembro de 2020

⏰ Horário: às 19h

🖥️ Plataforma: Zoom

✅ Vagas limitadas!

EVENTO GRATUITO

Sobre a Empresa Convidada:

Ecori Energia Solar

Importadora, Distribuidora, Indústria e Franchising de Energia Solar. Distribuidora oficial da APsystems no Brasil.

Em constante estudo desde o ano de 2001, os idealizadores da ECORI ENERGIA SOLAR vem acompanhando a evolução deste mercado em diversos países do mundo, analisando tecnologias, vantagens e desvantagens das diferentes soluções existentes, participando de feiras Internacionais do setor, visitando fabricantes em diversos países e debatendo muito com experts e formadores de opinião, a ECORI ENERGIA SOLAR criou uma rede de parceiros e colaboradores que respaldam a empresa hoje e faz valer a pena todo o esforço de mais de 15 anos de estudos, viagens, etc

🌐 Saiba mais: www.ecorienergiasolar.com.br

Qual é o tipo de curto-circuito mais comum em Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica?

Foto: Torres de transmissão na entrada da Subestação Itatiba 500kV/138kV, entre as cidades de Itatiba e Valinhos-SP

Os sistemas de distribuição de energia elétrica estão constantemente sujeitos a eventos indesejados que causam perturbações em seu estado normal de operação. Esses eventos impactam diretamente o sistema de potência e alteram, significativamente, as grandezas elétricas (tensão, corrente, frequência e resistência) que estão presentes nestes sistemas, provocando alterações de parametrização do sistema elétrico e colocando em risco a segurança dos equipamentos eletrônicos, eletromecânicos e partes da rede de distribuição.

Os curtos-circuitos são os eventos indesejados mais comuns em sistemas de potência. Um curto-circuito consiste em um contato entre condutores sob potenciais diferentes. Este contato pode ser direto (entre os condutores ou através de impedância) ou indireto (através de arco voltaico).

Abaixo, apresentamos mais detalhes para cada tipo de curto-circuito e as frequências de ocorrências na rede elétrica através de um estudo estatístico.

Frequências típicas de ocorrências de curtos-circuitos. Fonte: Análise de Curto-Circuito e Princípios de Proteção em Sistemas de Energia Elétrica.

Curtos-circuitos trifásicos ou simétricos: 5%

  • Menor Frequência;
  • Fases igualmente solicitadas;
  • Cálculo por fase, considerando apenas o circuito equivalente de sequência positiva.

• Curtos-circuitos dupla-fase (bifásico): 15%;

  • Curto-circuito assimétrico, isto é desequilibrado;
  • Correntes desequilibradas;
  • Cálculo utilizando componentes simétricas.

• Curtos-circuitos dupla-fase-terra (bifásico-terra): 10%;

  • Curto-circuito assimétrico, isto é desequilibrado;
  • Cálculo utilizando componentes simétricas.

• Curtos-circuitos fase-terra: 70%;

  • Maior ocorrência;
  • Curto-circuito assimétrico, isto é desequilibrado;
  • Cálculo utilizando componentes simétricas.

Outra ilustração interessante de observar os curtos-circuitos é com relação ao comportamento dos ângulos de defasagem dos circuitos trifásico, bifásico e monofásico e sua condição normal em função da tensão (V).

Figura 1: Fasores de tensões e correntes durante os curtos-circuitos. Fonte: Análise de Curto-Circuito e Princípios de Proteção em Sistemas de Energia Elétrica.

Podemos considerar, normalmente, que os curtos-circuitos ocorrem em:

• Barramentos das Subestações, quadros elétricos, geralmente devido à ação de elementos externos;

• Linhas aéreas, devido a sobre-tensões de descargas atmosféricas ou ação de elementos externos (aves, ramos de árvores, etc.), ruptura de condutores, isoladores e apoios;

• Cabos subterrâneos, transformadores e máquinas rotativas e aparelhagem de corte, devidos a falhas de isolamento (aquecimento, efeitos mecânicos, envelhecimento, campos elétricos elevados).

Os curtos-circuitos podem gerar consequências e provocar grandes danos na rede de distribuição, afetando os equipamentos eletrônicos, cabos, equipamentos eletromecânicos, geradores e podem até causar incêndios, ocasionando queda de tensão, dissipação de corrente nos cabos de distribuição elétrica, conhecido como “Efeito Joule”, sobretensões, sobrecargas e sobre frequências.

E como principais causas dos curtos-circuitos com maior frequência de ocorrência em sistemas de potência, destacamos os seguintes:

  • Descargas atmosféricas;
  • Falhas de isolação;
  • Envelhecimento dos componentes elétricos;
  • Ventos e tempestades;
  • Queimadas;
  • Queda de árvore sobre as linhas de transmissão aéreas;
  • A presença de animais silvestres em quadros elétricos;
  • Manobras incorretas.

Todos os sistemas elétricos são desenvolvidos para permitir a limitação dos curtos-circuitos à área mais restrita possível, utilizando-se de equipamentos de proteções apropriados que podem ser operados em condições extremas de curto-circuito sem sofrer degradação dos seus parâmetros e estruturas físicas, e da própria impedância dos elementos que compõem o mesmo, como transformadores, linhas de transmissão, entre outros, que tem o efeito de diminuir a corrente de curto circuito.

Entretanto, se o curto-circuito não for extinto de forma rápida, as alterações da corrente e tensão na rede podem afetar consideravelmente todos os equipamentos que estarão conectados.

Referências Bibliográficas:

MAMEDE, JOÃO. Instalações Elétricas Industriais. Curto-Circuito nas instalações elétricas. 7ª Edição

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (PRODIST) – Módulo 8: Qualidade da Energia Elétrica, 2008, https://www.aneel.gov.br/modulo-8

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Fator de potência, 2018.

CARDOSO, Fábio Lamothe. Correção do Fator de Potência. Eletro-Estudos Engenharia. UERJ. 2007.

DAZA, Eric Fernando Boeck; SPERANDIO, Mauricio. Sistema de Armazenamento de Energia Desafios Regulatórios e Econômicos para sua Inserção em Sistemas de Potência. 2019. Eric Fernando Boeck Daza.

F. Sato, W. Freitas Análise de curto-circuito e princípios de proteção em sistemas de energia elétrica. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

G. Barreto, C.A. Castro, C.A.F. Murari, F. Sato, Circuitos de corrente alternada: fundamentos e prática, Oficina de Textos, 2012.

MEDEIROS, JUNQUEIRA. Análise do Impacto de Religamentos nos Pedidos de Ressarcimento por Danos Elétricos Uberlândia, Universidade Federal de Uberlândia, Brasil-2018. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/23442/1/AnaliseImpactoReligamentos.pdf. Acesso em: 21/06/2020

Sobre o autor:

Prof. Esp. William Cambuhi de Oliveira

Fundador da Célula Energia Cursos e Treinamentos, Engenheiro de Controle e Automação e Pós-Graduado em Sistema de Potência pelo UNISAL. Possui mais de 10 anos de experiência com projetos elétricos em distribuição conforme a ABNT NBR 5410:2004, ABNT NBR 5419:2015 e ABNT NBR 16690:2019. Professor e palestrante na área de energia solar fotovoltaica e projeto elétrico de distribuição e dimensionamento de componentes elétricos.

Palestra: O Processo de Fabricação de Módulos Fotovoltaicos

Inscreva-se, participe e conheça sobre o processo de fabricação dos módulos fotovoltaicos.

🗓️ Data: 22 de setembro de 2020 ⏰ Horário: às 19h30 🖥️ Plataforma: Microsoft Teams

Vagas limitadas!

EVENTO GRATUITO

>> ATENÇÃO: No dia do evento mandaremos o link de acesso do webinar! Fique atento(a) a sua caixa de e-mail e whatsapp!

Sobre o Palestrante:

Prof. Eng. Esp. William Cambuhi de Oliveira

Fundador da Célula Energia Cursos e Treinamentos, Engenheiro de Controle e Automação e Pós-Graduado em Sistema de Potência pelo UNISAL. Possui mais de 10 anos de experiência com projetos elétricos em distribuição conforme a ABNT NBR 5410:2004, ABNT NBR 5419:2015 e ABNT NBR 16690:2019. Professor e palestrante na área de energia solar fotovoltaica e projeto elétrico de distribuição e dimensionamento de componentes elétricos.

Sobre a Estácio:

Com quase cinco décadas e mais de 500 mil alunos, a Estácio é um dos maiores e mais respeitados grupos do setor educacional do Brasil. No ensino presencial, atua em 23 estados e no Distrito Federal, totalizando cerca de 90 Unidades. Já no Ensino a Distância, estamos em todo o Brasil por meio de nossos mais de 600 polos de EaD. Nossas instituições e cursos são reconhecidos pelo MEC com elevados conceitos de qualidade.

Saiba mais: https://portal.estacio.br/

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