Usina fotovoltaica na área do estacionamento terá estrutura com 9.176 painéis solares e potência de 5 MW. Com mais de 1,5 mil vagas, carport permitirá uma economia mensal estimada de aproximadamente R$ 335 mil
O Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília (DF), celebra seu cinquentenário com investimento de R$ 20,7 milhões em energia solar. Com isso, o hospital terá a maior usina fotovoltaica com MLPE do Brasil, com estrutura de 9.176 painéis de energia solar e potência de 5MW, em uma área total de 25 mil metros quadrados. Quando concluído, o carport, com mais de 1,5 mil vagas, permitirá uma economia mensal estimada de aproximadamente R$ 335 mil ou R$ 4 milhões por ano, com um payback de cinco anos e meio.
O momento de comemoração do jubileu coincide com a conclusão da primeira etapa da construção em que foram instalados 1.850 painéis solares, número que representa 20% dos módulos que serão instalados em toda a obra.
“Foram três meses para a execução do projeto, dois meses para o protótipo e cinco meses para execução dessa primeira etapa. Já estamos com 40% da obra concluída e previsão de entrega para o mês de agosto”, conta Fábio Lamounier, CEO da Renova Engenharia, empresa responsável pela realização da construção.
Os kits fotovoltaicos utilizados na usina foram fornecidos pela Ecori Energia Solar. “Estamos muito animados em fazer parte da construção da maior usina com MLPE do Brasil. Um projeto de alta complexidade como este reforça que a tecnologia MLPE é a mais moderna e indicada para todos os tipos de uso. Além disso, o modelo de carport indica que é possível expandir o uso de energia solar fotovoltaica em larga escala em áreas comerciais e de serviços dentro das cidades”, afirma Leandro Martins, presidente da Ecori Energia Solar.
A construção de um carport é ainda mais complexa quando se trata de um hospital, local que requer cuidados redobrados. “Este projeto é desafiador. Precisamos adequar nossa necessidade à realidade local. Tudo isso com o agravante de ser uma área hospitalar, em que precisamos estar sempre vigilantes com as questões de desligamento de energia, uso de ferramentas sonoras, entre outros pontos que vamos descobrindo no dia a dia”, destaca Fábio.
Outra questão primordial na execução da usina é a segurança da estrutura para suportar esforços de tração como os ocasionados pelo vento. Para isso, os projetos de estrutura e fundação foram estudados até que os engenheiros chegassem ao melhor modelo de estrutura, com postes de apoio único na área central entre duas vagas de estacionamento, ao invés de postes duplos nas pontas de cada vaga. Ou seja, com a estrutura apoiada em um ponto só, com inclinação de 12 graus e altura mínima de três metros e máxima de 5,2 metros. “Essa solução foi baseada em diversas análises e laudos periciais. Além disso, foi realizado um procedimento de tração, simulando o arrancamento pelo vento para verificar se o que foi projetado estaria dentro das condições propostas. Assim, o sistema suportou uma carga de tração até duas vezes superior ao que estaria previsto em projeto”, explica Fábio Lamounier.
Parceria ampliada com o Ministério da Defesa Este é o segundo projeto de energia solar de alta complexidade realizado pelo Ministério da Defesa. O primeiro, inaugurado há um ano, foi a implantação de uma usina fotovoltaica com MLPE no telhado do próprio ministério, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A usina, com potência instalada de 528 kWp, recebeu um investimento de R$ 2,4 milhões e conta com cerca de 1.600 painéis em uma área de 3.200 metros quadrados. A usina supre cerca de 35% da energia consumida, o que reduziu a conta de luz e ainda tornou o edifício mais sustentável. Todos os equipamentos de energia solar foram fornecidos pela Ecori e a comercialização, engenharia e instalação também ficaram a cargo da Renova Engenharia.
“Nossa presença em projetos como esses reforça nosso compromisso de levar a energia solar ao alcance de todos, seja em residências, edifícios públicos, indústrias, comércios e serviços. A energia solar fotovoltaica é uma fonte sustentável e boa para todos”, destaca Leandro Martins.
Sobre a Ecori Energia Solar A Ecori Energia Solar foi fundada em 2010 em São José do Rio Preto (SP), onde está seu escritório central. Na cidade ao lado, Mirassol, está seu maior centro logístico. Também tem escritórios e centros de distribuição em Barueri (SP), Itajaí (SC) e Recife (PE). Conta com uma rede de 29 unidades B2B pelo país. É pioneira no Brasil na mais avançada tecnologia em energia fotovoltaica, a MLPE, sistema formado por microinversores e inversores com otimizadores de potência. Trabalha diretamente com a importação e distribuição de equipamentos para o mercado de energia solar on-grid, atendendo exclusivamente revendedores, instaladores e integradores. As soluções da Ecori atendem tanto o mercado residencial quanto comercial, rural e industrial. No final de 2021, a Ecori foi escolhida como a melhor distribuidora do setor fotovoltaico brasileiro no prêmio da Solar TV. www.ecori.com.br.
Empresas assinam Memorando de Entendimento (MOU) com foco na comercialização de inversores, otimizadores e baterias para instalações comerciais de sistemas fotovoltaicos
Nesta terça-feira, 8, a Huawei Digital Power, a HDT Energy e a Ecori Energia Solar oficializaram parceria paradistribuição de inversores para instalações comerciais e industriais de sistemas fotovoltaicos. O evento aconteceu na sede da Huawei, em São Paulo, e contou com a presença de Mason Qing, presidente da Huawei Digital Power Brasil; Fábio Mendes, diretor de Canais Latam da Huawei Digital Power; Nelson Stanisci, gerente de Soluções da Huawei Digital Power Brasil, Leonardo Cyrino, CEO da HDT Energy no Brasil e Leandro Martins, presidente da Ecori Energia Solar,e YoniZiv, vice-presidente da Ecori Energia Solar.
Com a parceria, a Huawei passa a fornecer inversores, otimizadores e baterias para a Ecori, distribuidora e maior especialista da tecnologia Eletrônica de Potência a Nível de Módulo (MLPE, na sigla em inglês) no Brasil. Esta união vem em ótimo momento para o mercado de energia solar brasileiro, que cresce em ritmo acelerado. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a geração de energia solar fotovoltaica, no país, teve alta de 80% em fevereiro, em comparação com o mesmo período de 2021.
“O uso de fontes sustentáveis de energia é uma demanda urgente de todos os setores da indústria, e crucial para o desenvolvimento da economia mundial. Ao lado da Ecori, a Huawei poderá expandir o fornecimento de soluções inteligentes para a geração de energia solar e acelerar a digitalização do setor energético com tecnologias de zero carbono”, afirma Nelson Stanisci, gerente de Soluções da Huawei Digital Power no Brasil.
A necessidade de se desenvolver fontes de energia renováveis e de baixo carbono foi um dos temas centrais da COP26, que aconteceu em Glasgow, na Escócia, no ano passado. Esta urgência global tem impulsionado o setor de energia solar, que vem ganhando mercado nos últimos anos e, segundo a Agência Internacional de Energia, deve crescer 30% em 2022.
Para Leonardo Cyrino, CEO da HDT Energy no Brasil, empresa responsável pela comercialização dos produtos HUAWEI no segmento de energias renováveis, a parceria com a Ecori é muito significativa para o posicionamento da marca e manutenção de sua posição como um dos maiores fabricantes de tecnologia do mundo. A Ecori possui presença em todas as regiões do país, tornando todos os brasileiros clientes potenciais do que existe de melhor. Sua estrutura logística e modelo de negócio resultaram em seu crescimento exponencial. Esperamos que, somado ao momento de alto engajamento dos consumidores à geração renovável, este movimento reforce ainda mais os benefícios mútuos e evolução dos negócios.
Entre os produtos da Huawei que serão vendidos pela Ecori estão as soluções para o comércio e indústria como inversores, otimizadores e o sistema de armazenamento de energia de string inteligente, que pode melhorar o rendimento de energia em 30% e o poder de armazenamento em até 15%. Os inversores Huawei suportam proteção inteligente de arco AFCI e desligam automaticamente em 0,5 segundos, garantindo a segurança dos sistemas.
Para Leandro Martins, presidente da Ecori Energia Solar, a expectativa é positiva em relação à parceria. “Estar ao lado da Huawei vai nos permitir ampliar nosso portfólio de soluções de energia solar para instalações comerciais em todo o país”, destaca Leandro Martins.
“A Huawei é pioneira na solução string para geração centralizada, ideal para usinas solares e que garantem uma produção de energia entre 3 a 4% maior”, afirma Stanisci. Segundo o gerente de soluções da Huawei, hoje, o mercado está migrando e entendendo as vantagens do inversor string frente a solução centralizada. “Este tipo de tecnologia oferece maior disponibilidade, menor tempo de reposição e dispensa a necessidade da string box (ou combiner box), que é um grande ponto de falha da solução de inversores centrais”, explica.
“É a primeira vez que a Ecori comercializa produtos da Huawei e, por esse motivo, não poderíamos estar mais felizes com a consolidação dessa parceria que trará muitas oportunidades e ganhos de mercado para as duas marcas”, afirma Leandro.
Sobre a Ecori Energia Solar A Ecori Energia Solar foi fundada em 2010 em São José do Rio Preto (SP), onde está seu escritório central. Na cidade ao lado, Mirassol, está seu maior centro logístico. Também tem escritórios e centros de distribuição em Barueri (SP), Itajaí (SC) e Recife (PE). Conta com uma rede de 29 unidades B2B pelo país. É pioneira no Brasil na mais avançada tecnologia em energia fotovoltaica, a MLPE, sistema formado por microinversores e inversores com otimizadores de potência. Trabalha diretamente com a importação e distribuição de equipamentos para o mercado de energia solar on-grid, atendendo exclusivamente revendedores, instaladores e integradores. As soluções da Ecori atendem tanto o mercado residencial quanto comercial, rural e industrial. No final de 2021, a Ecori foi escolhida como a melhor distribuidora do setor fotovoltaico brasileiro no prêmio da Solar TV. www.ecori.com.br.
Sobre a Huawei A Huawei é líder global em soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e uma das 100 marcas mais valiosas do mundo de acordo com a Forbes. A companhia tem a visão de enriquecer a vida das pessoas por meio da comunicação e é dedicada à inovação centrada no cliente. Com sólidas parcerias com a indústria local, está comprometida com a criação de valor para operadoras de telecomunicações, empresas e consumidores, oferecendo produtos e soluções de alta qualidade e inovação, e com a transformação digital, oferecendo soluções de nuvem e servidores de Huawei Cloud, em mais de 170 países e territórios. Com mais de 190 mil funcionários em todo o mundo, a companhia atende mais de um terço da população mundial. A Huawei também acredita que a digitalização é o caminho para um mundo mais sustentável e uma economia zero carbono, baseada em fontes renováveis de energia. Por meio da subsidiária Huawei Digital Power, a empresa desenvolve dispositivos inteligentes voltados para geração, distribuição e armazenamento de energia fotovoltaica, aumentando a eficiência energética em data center, usinas de energia e infraestrutura de telecomunicação. Há 24 anos no Brasil, é líder no mercado nacional de banda larga fixa e móvel por meio das parcerias estabelecidas com as principais operadoras de telecomunicações e possui escritórios nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Recife, além de um centro de distribuição em Sorocaba (SP) e um Centro de Treinamento em São Paulo.
Capacitação foi ministrada pelo engenheiro e fundador da empresa valinhense Célula Energia, William Cambuhi
Engenheiros, arquitetos, estudantes e profissionais de diferentes áreas participaram, entre os dias 21 e 23 de fevereiro, do curso de “Introdução ao Projeto de Sistemas Fotovoltaicos utilizando Pvsyst, Helioscope e softwares similares”, ministrado pelo engenheiro e fundador da empresa Célula Energia, William Cambuhi.
A capacitação, que contou com a presença de aproximadamente 40 pessoas de todo o país, foi realizada pela Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Valinhos (AEAAV) e faz parte do trabalho desenvolvido pela entidade para fornecer possibilidade de reciclagem, atualização e aprimoramento dos conhecimentos.
Com carga horário de 9 horas, o curso abordou temas como legislação, características Elementares do Sol (irradiação, angulação, Espectro de Frequência, etc), princípios de operação das Células e Módulos Fotovoltaicos, apresentação dos componentes básicos dos sistemas fotovoltaicos conectados à rede e autônomos, introdução ao PVSYST, definição dos parâmetros do projeto, entre outros.
A ação contou com a participação especial da gerente de Suporte Técnico da Ecori Energia Solar, Engª Mariani Pereira, e do gerente de Produtos da Solaredge, Maurício Ritter.
Para o diretor e vice-presidente da AEAAV, Helio Bortoletto Junior, o curso atendeu todas as expectativas quanto à didática, conteúdo, apresentação e interação. “Também tivemos o privilégio de contar com as participações de profissionais com grande experiência no tema, em conjunto com o professor Willian”, ressaltou.
William Cambuhi é fundador da Célula Energia Cursos e Treinamentos, engenheiro de Controle e Automação e pós-graduado em Engenharia Eletrotécnica e Sistemas de Potência pela UNISAL. Possui mais de 10 anos de experiência com projetos elétricos em distribuição conforme a ABNT NBR´s: 5410:2004, 5419:2015, 16690:2019 e 16274:2014 . Também participa da reunião da ABNT/CB-003/CE 003 082 001 “Sistemas de conversão fotovoltaicas de energia solar”. Professor e palestrante na área de energia solar fotovoltaica e projeto elétrico de distribuição e dimensionamento de componentes elétricos.
“É sempre uma honra poder contribuir com a educação e disseminar conhecimento com o objetivo de construir um país mais sustentável. Aproveito para parabenizar a AEAAV, o CREA-SP e a Mútua-SP pela realização deste curso e pelo constante apoio às iniciativas de formação continuada”, diz William.
Célula Energia Especializada em educação voltada à energia solar e parceira das principais empresas do ramo, a Célula Energia tem sede em Valinhos (SP) e além de projetos residenciais e industriais, realiza treinamentos e capacitações para profissionais interessados em atuar no setor.
Texto do Marco Legal da Geração Distribuída tem vários pontos de atenção e brechas que não dão motivo para comemorações no setor
Após um longo período de discussão e de tantas idas e vindas no Legislativo, em 7 de janeiro deste ano foi sancionada a lei 14.300, que instituiu o Marco Legal de microgeração e minigeração distribuída no Brasil. Mas, afinal, será que esse é um marco para o setor que deve realmente ser celebrado? Posso dizer que a notícia não é tão boa quanto pode parecer para o segmento. Isso porque o texto tem alguns pontos de atenção que podem se tornar complicadores para o mercado de energia solar fotovoltaica.
O primeiro é que para muita gente o Marco Legal é exatamente o que faltava em termos de segurança jurídica para a geração de energia solar fotovoltaica. Mas, na nossa visão na Ecori Energia Solar, o texto da lei não detalha o que vai acontecer após o período de transição, o que não nos dá a tão buscada segurança jurídica. Além disso, não é porque temos uma lei que ela não possa ser mudada, ou seja, não há exatamente uma garantia. Sendo assim, na minha opinião, temos até mais riscos agora do que tínhamos antes.
Outro ponto é justamente sobre o que acontece depois do período de transição. A lei determina que depois dessa fase os consumidores ficarão sujeitos às regras tarifárias determinadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) vai “ouvir a sociedade, as associações e entidades representativas, as empresas e os agentes do setor elétrico, estabelecer as diretrizes para valoração dos custos e dos benefícios da microgeração e minigeração distribuída”. Ou seja, é a Aneel que vai estabelecer as taxas, custos e benefícios da geração distribuída após os 18 meses. O risco aqui vem do histórico. Em outros momentos, a Aneel já se posicionou de forma extremamente desfavorável ao setor fotovoltaico. Quem garante que isso não vai acontecer novamente?
Além disso, outro ponto que deve ser considerado é o fato de o texto não considerar gatilhos de relevância para micro e minigeração. A matriz solar em Geração Distribuída representa apenas cerca de 1% das unidades consumidoras. E neste caso, o que precisa ficar claro é que embora a energia solar cresça bastante no país, as unidades consumidoras como um todo também crescem. Dessa forma, desconsiderar o percentual da relevância da energia solar dentro do sistema de compartilhamento de energia elétrica, assim como desconsiderar os gatilhos, é um erro técnico, um erro de mercado.
Diante de tudo isso, ainda temos que ficar atentos aos prazos mencionados no texto. O CNPE tem seis meses para estabelecer as diretrizes, enquanto a Aneel tem até 18 meses para determinar os cálculos de valoração dos benefícios. Já o prazo para os consumidores adquirirem os kits fotovoltaicos seguindo as regras antigas é de 12 meses a partir da data em que a lei foi sancionada, ou seja, vai até 7 de janeiro de 2023.
Elencados os pontos acima, posso dizer que o restante do texto se torna, praticamente, irrelevante. Neste momento, o que realmente importa é como cada um vai construir o futuro do nosso setor, seja apoiando as associações e movimentos que trabalham em prol da energia solar fotovoltaica para que acompanhem e cobrem de perto o CNPE e a Aneel e, assim, não instituam taxações absurdas pós período de transição. Seja atuando de forma ética e profissional, levando qualidade ao mercado com as soluções tecnológicas como MLPE, sistemas híbridos, zero grid, entre outros, para contornar as barreiras mercadológicas e levar ao cliente a melhor solução.
Arthur Santini
Diretor da Ecori Energia Solar. Diretor Regional do projeto QuiloWatt do Bem no Noroeste Paulista, professor certificado na Fundação Getulio Vargas e professor de MBA em outras instituições. Atuou em auditoria pela KPMG e teve outras funções de liderança e consultoria em São Paulo, Campinas e São José do Rio Preto. É autor na área de tecnologia, com livro publicado pela Editora LCM – Ciência Moderna, do Rio de Janeiro.
Fundador da Célula Energia é um dos nomes confirmados no principal evento do setor de GD com fontes renováveis na América Latina
O fundador da Célula Energia, engenheiro William Cambuhi, é um dos palestrantes confirmados no Fórum GD – Região Sudeste, o principal evento do setor de GD com fontes renováveis na América Latina.
Realizado em São Paulo (SP) – nos dias 8, 9 e 10 de março – o Fórum GD tem como objetivo reunir a cadeia produtiva do setor de Geração Distribuída com Fontes Renováveis no Sudeste do Brasil em 2022, sob o enfoque de oportunidades de negócios, discutir barreiras regulatórias, impedimentos jurídicos, tecnologias inovadoras, financiamento, capacitação e perspectivas de crescimento.
O público alvo será composto por profissionais e empresários representantes da indústria, comércio e serviços, empresas ligadas ao setor das geração distribuída com fontes renováveis, energias renováveis, energia solar fotovoltaica, pesquisadores e instituições de ensino, profissionais liberais e interessados no setor GD.
Os participantes poderão debater as tendências e os rumos do setor GD no Brasil, com os melhores e mais importantes players do mercado.
As inscrições podem ser feitas pelo site www.forumgdsudeste.com.br.
Saiba mais pelo Instragram @forumgd.
William Cambuhi
William Cambuhi é fundador da Célula Energia, empresa com sede em Valinhos (SP), Engenheiro de Controle e Automação e Pós Graduado em Engenharia Eletrotécnica e Sistemas de Potência pela UNISAL.
Professor e palestrante, William é especializado em geração distribuída com ênfase em energia solar fotovoltaica e já ministrou cursos para alunos de todo o Brasil , além de palestras em países da América Latina.
Possui mais de 10 anos de experiência com projetos elétricos em distribuição. Também participa da reunião da ABNT/CB-003/CE 003 082 001 “Sistemas de conversão fotovoltaicas de energia solar”.
O sistema elétrico nacional adquiriu características únicas, se comparadas com outros países, ao longo do tempo. O Brasil possui uma matriz energética baseada em energias renováveis, com baixa emissão de gases do efeito estufa, e o setor elétrico passa por constantes mudanças.
Estamos vivendo um período de grandes transformações. Mesmo possuindo uma matriz elétrica sustentável, sabemos que grande parte da energia gerada e transmitida é tecnicamente perdida antes de chegar ao usuário final. É necessário ampliar a infraestrutura, a segurança e a oferta no fornecimento, além de evitar riscos na operação.
A partir dessas premissas, criou-se o conceito de redes inteligentes, ou Smart Grids, que são consideradas as redes inteligentes e modernas que permitirão às concessionárias e aos consumidores, uma mudança na forma tradicional de geração e consumo de energia.
1 – A Geração Distribuída e as redes inteligentes
A Geração Distribuída está ligada com as redes inteligentes. Segundo a ANEEL, esse tipo de geração é caracterizado como geração de pequeno porte localizada próxima aos centros de carga.
A Geração Distribuída é entendida como geração própria, quando conectada com a rede elétrica, podendo ser classificada em dois tipos: 1- Microgeração: com potência de até 75 kW; 2- Minigeração: com potência que varia da ordem de 75 kW até 5 MW, conforme resolução 482/2012 da Aneel.
Recentemente, a ANEEL publicou uma ilustração da expansão da matriz elétrica brasileira com dados atualizados no mês de agosto de 2021. Segundo o relatório, neste mês foi registrada a maior expansão da geração de energia com matriz solar do ano. As usinas chegaram a 2,1% do total de nossa matriz elétrica, com expressivos 3,7 GW. O crescimento da Geração Distribuída com ênfase em energia solar fotovoltaica na matriz elétrica é notável.
2 – Autoconsumo com as redes inteligentes
Outro fator que está ligado com as redes inteligentes é o Autoconsumo. Um sistema de geração distribuída com ênfase em energia solar fotovoltaica, quando instalado em uma unidade consumidora (UC), sabe-se que irá ocorrer períodos em que teremos o autoconsumo com relação ao consumo em tempo real do cliente.
Entende-se que, não necessariamente, toda geração do sistema de energia solar fotovoltaica será injetada na rede através do medidor bidirecional da unidade consumidora (UC). Existem momentos em que a geração do sistema de energia solar fotovoltaica será abatida no ato do autoconsumo que aquela determinada unidade estiver registrando. A energia gerada, consequentemente, não será injetada através do medidor bidirecional.
Já o sistema de energia solar fotovoltaico conectado com o sistema de distribuição de potência que obtiver uma geração maior do que o seu próprio consumo, terá essa potência injetada no medidor bidirecional. Essa diferença será compensada como crédito, e depois será abatida na fatura de energia, caso a unidade consumidora (UC) obtiver um maior consumo no mês seguinte.
A figura 2, ilustra uma fatura de energia que obteve créditos de geração injetada através do medidor bidirecional.
Nesse estudo de caso, a figura 2 ilustra que, em um determinado período, a energia gerada pelo sistema fotovoltaico passou pelo medidor bidirecional e o mesmo contabilizou uma energia injetada.
Se você quiser saber mais sobre geração distribuída, a leitura da Resolução Normativa nº 482/2012 e 687/2015 é fundamental. A concessionária de energia realiza a troca do medidor de energia unidirecional para um bidirecional no caso de o consumidor querer instalar um sistema de energia solar fotovoltaica em sua unidade. Na fatura de energia, irá constar claramente a energia injetada, e nela serão apresentados os valores para crédito.
3 – Smart Meter e os Microinversores APsystems
Além dos medidores bidirecionais que possuem o objetivo de contabilizar a energia injetada e consumida, dentro do setor de energia solar fotovoltaica existem os microinversores da fabricante APsystems. De certa forma, podemos entender que estes equipamentos podem ser compreendidos como SmartGrids, com a possibilidade de realizar monitoramentos em tempo real de cada módulo fotovoltaico.
A figura 3, ilustra o monitoramento real de um equipamento com tecnologia MLPE (Eletrônica de potência a nível de módulo) que corresponde aos microinversores da APsystems.
Essa tecnologia é capaz de monitorar a nível de módulo e entregar uma segurança maior para aquela determinada unidade consumidora, operando com cada tensão de operação (Vmp) individualmente para cada módulo fotovoltaico.
Entende-se que a introdução de microinversores fotovoltaicos é uma grande revolução no meio do setor de SmartGrids. Eles são capazes de monitorar em tempo real a geração do sistema fotovoltaico e converter a corrente elétrica continua (DC) para corrente elétrica alternada (AC), sincronizando com o sistema elétrico de distribuição em uma frequência de 60 Hz.
4 – Grid Zero com modelos da APsystems
A APsystems possui além dos microinversores, os modelos de unidade de comunicação de energia (ECU-C), que são utilizados para uso comercial e são considerados como unidades de comunicação de energia. Esses modelos têm como funções a medição de energia, as medições do consumo e da exportação de energia e, além disso, possuem todas as funções da ECU-R, que é um outro modelo de ECU utilizado para uso residencial. A ECU-R não possui a medição de energia. A figura 4, ilustra o modelo de unidade de comunicação (ECU-C).
A ECU-C mede o consumo do cliente e, com essa informação de consumo, esse equipamento envia a informação para os microinversores e todo um gerenciamento de energia é realizado. Se a geração for maior do que está sendo consumida pela unidade consumidora, a ECU consegue limitar essa energia. Uma outra opção interessante é configurar um valor fixo de potência para ser injetado de energia no microinversor.
Esses modelos se comunicam pela interface Zigbee e são instalados no ponto de conexão do sistema elétrico de distribuição relacionado ao medidor bidirecional da concessionária.
Quando o medidor inteligente do modelo ECU-C detecta o excedente de energia gerado pelo sistema fotovoltaico, que irá passar pelo medidor bidirecional do sistema elétrico de distribuição da concessionária, ele emitirá um sinal para o microinversor da APsystems fazendo com que exista um controle de energia e isso seja controlado gradativamente, até que o excedente de energia seja zero.
São esses modelos que atuam como sistema Grid Zero, que é considerado uma inovação neste setor. O Grid Zero é considerado um sistema onde não existe injeção de energia na rede da concessionária. Todo excedente produzido é direcionado para um quadro de distribuição do local de instalação e consumido ali mesmo.
5 – Modelos de Smart Meter
O Smart Meter ou medidor inteligente, é aplicado entre o inversor fotovoltaico e o medidor bidirecional da unidade consumidora (UC). A sua função do Smart Meter é avisar o inversor fotovoltaico quando aquela determina UC não estiver consumindo, fazendo que o inversor minimize a sua geração. A figura 5, ilustra um modelo de SmartMeter da fabricante SolarEdge.
Os smart meters ou gridzero é muito utilizado em unidades consumidoras que pertencem a ACL e em conjunto com a CCEE, necessita de uma solicitação de APE (Auto Produtor de Energia). Portanto, um sistema de energia solar fotovoltaica, quando aplicado em um cliente ACL, não poderá ser injetado na rede, nesse caso, aplica-se o Smart Meter que fará a função do GridZero.
Outro modelo de SmartGrid bastante utilizado em sistemas de geração distribuída com ênfase em energia solar fotovoltaica, é o Controlador de Energia Inteligente SEC 1000, da fabricante PHB. Esse equipamento também vai auxiliar muitas indústrias a controlarem melhor a sua carga pois o usuário poderá, também, monitorar sua carga. Outro detalhe interessante é que ele poderá deslocar o funcionamento ou ligamento de algumas máquinas para fugir de um horário de ponta ou para evitar que se ultrapasse da demanda contratada. A figura 6, ilustra o modelo de controlador inteligente SEC 1000.
Então com o GridZero também é possível aplicar em sistemas com inversores de string ? A resposta é: sim. A figura 7, ilustra um modelo de Smart Meter que opera controlando a geração do sistema fotovoltaico em função do consumo do cliente, tornando-se um autoconsumo.
Com a tecnologia SmartMeter – GridZero, o usuário terá vários benefícios para o sistema de distribuição de potência da concessionária, fazendo com que minimize eventos indesejados relacionados com fator de potência, controlar a máxima energia injetada na rede elétrica e monitoramento inteligente do consumo em tempo real.
6 – Entendendo o sentido do fluxo de energia
Medidores de energia bidirecionais são aqueles capazes de medir a energia elétrica em ambos os sentidos de fluxo (direto e reverso). Isso quer dizer, por exemplo, que quando você está consumindo energia elétrica na sua residência, o sentido de medição é direto LINHA-CARGA e a leitura, para este nosso exemplo, estará sendo apresentada o código 03 do mostrador do medidor de energia elétrica.
Logo, se você instalou módulos fotovoltaicos (placas solares) para geração de energia elétrica em sua casa, neste caso, em certos períodos do dia, você poderá estar gerando mais energia do que consumindo. Neste caso, você estará injetando esse excedente de energia para a rede da concessionária, sendo que o sentido de fluxo agora é reverso CARGA-LINHA.
Essa representação LINHA e CARGA é padrão brasileiro e deve constar na tampa do bloco de terminais dos medidores de energia elétrica (item 5.3.7 da portaria INMETRO 587 de 2012). A indicação LINHA representa a concessionária (cabos da concessionária que chegam no medidor de energia) e a CARGA representa o consumidor (cabos que saem do medidor de energia e chegam no quadro de energia do consumidor). Assim, o sentido de medição LINHA-CARGA indica que a energia está do sentido da concessionária de energia para a residência. Quando está no sentido CARGA-LINHA, indica que o sentido está da residência para a concessionária. A figura 7, apresenta de forma simples o sentido de fluxo da energia.
A energia excedente que o sistema solar fotovoltaico está gerando vai passar pelo medidor bidirecional, que está sendo mostrado no código 103 do display do medidor eletrônico de energia elétrica da concessionária. A figura 8, ilustra o medidor bidirecional com os códigos de consumo e geração.
Código 03 – Leitura do consumo acumulado,
Código 103 – energia injetado pelo sistema fotovoltaico
Um cuidado a ser observado, quando o modelo de medidor for do tipo mais usual nestas instalações, conhecido como bidirecional com registrador catraca, o medidor apresentará no código 103 apenas a diferença da energia gerada e consumida, isto é, a injetada na rede. Muitos confundem, imaginando que o código 103 apresenta a energia gerada pelo sistema fotovoltaico.
Para um melhor entendimento, podemos descrever como:
Energia Gerada: Energia produzida pela geração distribuída com ênfase em energia solar fotovoltaica;
Energia Consumida: Diferença entre a Energia Gerada e a Consumida, neste caso a Energia Consumida foi maior que a Gerada. Incrementa o código 03 do medidor.
Energia Injetada: Diferença entre a energia Gerada e a Consumida, neste caso a Energia Gerada foi maior que a Consumida. Incrementa o código 103 do medidor.
7 – Medidores Inteligentes de energia elétrica (Smart Meters)
O que faz um medidor de energia elétrica ser considerado inteligente são basicamente suas funções de comunicação. Quanto mais as redes inteligentes (SmartGrids) estiverem avançando, mais importante é essa interação à distância com os medidores de energia elétrica. Por exemplo, leituras dos registradores e memória de massa, parametrização e corte da UC (Unidade Consumidora) são tarefas realizas remotamente.
Na própria definição de medidores “multifunção”, fica claro que se trata daquele modelo com funcionalidades adicionais à medição, registros, eventos, memória de massa, dispositivo de comunicação, entre outras. Para essa comunicação, os modelos possuem dois grupos de comunicação, conforme apresentado a seguir:
Comunicação local: Porta óptica.
Comunicação remota: Serial RS232/RS485, serial PIMA, Ethernet, RF, Wifi, PLC e 3G/4G. A figura 9 mostra os modelos de comunicação.
Cada concessionária de energia elétrica irá implementar sua rede inteligente através da comunicação que achar conveniente, não há um padrão. Por isso, há várias soluções no mercado.
8 – Ensaios em medidores de energia bidirecionais
Os medidores de energia bidirecionais são testados para ambos os fluxos de energia, conforme ensaios solicitados pela portaria INMETRO n° 587 de 2012. É levado em conta o anexo E, que traz as representações gráficas da metodologia de ensaio utilizando o fluxo reverso de energia (CARGA-LINHA). A figura 10, ilustra a aplicação dos ensaios em medidores bidirecionais.
O sentido reverso ocorre adiantando a corrente elétrica em relação à tensão elétrica em 180°. É assim que os ensaios são realizados quando há necessidade de avaliar em ambos os sentidos de fluxo, direto (LINHA-CARGA) e reverso (CARGA-LINHA).
Conclusão
É de fundamental importância levar informações do setor elétrico para a sociedade com o entendimento das informações de micro e minigeração, sistemas de geração distribuída e medidores inteligentes. O sistema elétrico pode ser beneficiado com os estímulos à geração distribuída.
A redução de carregamento nas redes de transmissão, redução de perdas, baixo impacto ambiental e uma diversidade de opções da matriz energética, são potenciais benefícios para esta modalidade.
Referências bibliográficas
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (PRODIST). Disponível em: < https://www.aneel.gov.br/prodist>. Acesso em: 05 jan. de 2022.
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Micro e Minigeração Distribuída: Sistema de Compensação de Energia Elétrica – RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 482, DE 17 DE ABRIL DE 2012. Disponível em: <https://bit.ly/3q3h2he>. Acesso em: 05 jan. de 2022.
Agosto obteve a maior expansão de 2021. Usinas solares chegam a 2,1% da matriz elétrica. Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Disponível em: < https://cutt.ly/IIYAqBJ>. Acesso em: 10 dezembro 2021.
Fundador da Célula Energia Cursos e Treinamentos, Engenheiro de Controle e Automação e Pós-Graduado em Engenharia Eletrotécnica e Sistemas de Potência pelo UNISAL. Possui mais de 10 anos de experiência com projetos elétricos em distribuição conforme a ABNT NBR´s: 5410:2004, 5419:2015, 16690:2019 e 16274:2014 . Também participa da reunião da ABNT/CB-003/CE 003 082 001 “Sistemas de conversão fotovoltaicas de energia solar”. Professor e palestrante na área de energia solar fotovoltaica e projeto elétrico de distribuição e dimensionamento de componentes elétricos.
José Teodoro
Engenheiro de Medição Smart Grid na CPFL Energia. Graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. 18 anos de experiência em laboratório de ensaios. Participante a mais de 10 anos do grupo de trabalho do INMETRO, onde estudam os procedimentos de ensaios e revisões das Portarias de medidores de energia elétrica e sistemas de medição.
Solar Edge
Fundada em 2006, A SolarEdge desenvolveu a solução do inversor CC otimizada que mudou a forma como a energia é captada e gerenciada nos sistemas fotovoltaicos (FV). A solução do inversor inteligente SolarEdge maximiza a geração enquanto reduz o custo da energia produzida pelo sistema fotovoltaico e possibilita o retorno do investimento em um menor prazo de tempo. Desenvolvendo habilidades de engenharia de ponta e com um incansável foco em inovação, a SolarEdge desenvolve soluções smart energy que energizam nossas vidas e impulsionam o progresso.
PHB Solar
Fundada em 1984, a @phbsolar foi a primeira fabricante de inversores solares a ser certificada pelo INMETRO no Brasil. A PHB é uma indústria 100% nacional com pioneirismo e competência tecnológica, que desenvolve soluções para a Geração Distribuída como um todo.
Ecori
A Ecori é líder e pioneira no Brasil em MPLE. É o maior distribuidor APsystems do mundo e foi a primeira distribuidora a embarcar a tecnologia SolarEdge para o país. A Ecori pesquisa e distribui as melhores e mais modernas tecnologias fotovoltaicas existentes no mercado mundial. Compartilha, treina e participa dos principais grupos, eventos e fóruns fomentando o desenvolvimento do setor. A Ecori busca desempenho superior e segurança nos equipamentos e componentes que comercializa, oferece suporte técnico e mercadológico para revendas e integradores. Mas, acima de tudo a Ecori tem um compromisso: levar a energia solar ao alcance de todos, impactando positivamente pessoas e meio ambiente.
Depois de muitos desafios em 2021, o cenário é de expansão acelerada. Ecori Energia Solar se prepara para vender microinversores disruptivos
Por Leandro Martins
Quando 2021 começou, nossa expectativa era de que ficaríamos livres da pandemia de Covid-19 em alguns meses. Ao contrário disso, vimos novas ondas surgirem ainda mais fortes, sobretudo no primeiro semestre. Em paralelo, enfrentamos desafios relacionados à logística internacional, ao frete, às flutuações cambiais. Mas, mesmo diante de todas as adversidades, o mercado brasileiro de Geração Distribuída cresceu bastante. Neste mês de janeiro saberemos o número final divulgado pela Aneel, mas provavelmente fecharemos na casa dos 4 GW de potência instalada, o que representa um crescimento de 70% no ano. E na Ecori Energia Solar encerramos 2021 com um crescimento em torno de 120%.
A partir disso, o que esperamos para 2022? Sem dúvida, será um ano de muito crescimento em todos os setores – residencial, comercial, usinas de grande porte, agronegócio, etc. Acredito que vamos alcançar a casa dos 7,7 GW de Geração Distribuída. Se pensarmos em painéis de 500 W, serão 15 milhões de módulos! O mercado tende também a se manter mais estável e mais robusto do que em 2021. As empresas do setor amadureceram durante o ano passado e estão mais preparadas para atender à demanda global. Também observamos um amadurecimento do setor como um todo no Brasil, com profissionais mais preparados, tanto na parte comercial quanto na técnica. Ainda há muito o que se fazer pela frente em relação à profissionalização, mas estamos dando passos importantes nesse quesito.
Olhando para o mercado internacional, observamos uma corrida enorme por energias renováveis. Recentemente, estive na Europa e percebi um aumento no uso de energia solar fotovoltaica até mesmo em lugares com baixa irradiação solar, como é o caso de Londres. Fiquei muito impressionado. Também estive em um vilarejo na Bélgica e ao passar por uma rua, a caminho de uma estação de trem, observei que em torno de 40% das casas tinham painéis fotovoltaicos instalados, especialmente em telhados bem difíceis e muito inclinados. E o mais importante é que todos estão felizes com os resultados, com os incentivos de impostos que recebem por usar energia renovável, por exemplo.
Essa é uma tendência que só vai se acelerar ao longo dos anos, especialmente reforçada pelo que vimos durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 26), em Glasgow, na Escócia. Vejamos a França, que usava menos energia de fontes renováveis e obteve um aumento significativo na adoção de energia solar em 2021. Na Índia, um país grande e populoso, o uso de energia solar dobrou. Olhando para um cenário de longo prazo, vemos o desenvolvimento de tecnologias e cidades inteligentes, com o uso de carros elétricos que também funcionarão como armazenamento de energia para as residências, até mesmo para injetar energia na rede elétrica. Este cenário não está num futuro distante, estamos falando de apenas alguns anos.
E eu não poderia deixar de olhar para dentro também. Na Ecori, o início de 2022 marca a chegada de dois novos modelos de microinversores da APsystems que são disruptivos, não só para o mercado brasileiro, mas para a América Latina como um todo. O QT2D é o microinversor trifásico mais potente do mundo e o DS3D é o microinversor dual monofásico mais potente do mundo também. Os dois modelos são inovadores, têm alta tecnologia e flexibilidade, atendendo a mais de 80% das instalações de energia solar fotovoltaica com MLPE no país. O QT2D e o DS3D formam um conjunto perfeito com módulos de alta potência de 670 W+. Nós não poderíamos estar mais animados com tudo isso!
Leandro Martins
Presidente da Ecori Energia Solar. Formado em Comércio Exterior pela UNIBERO-SP. Tem larga experiência no setor solar e foi o responsável pela popularização da tecnologia MLPE no Brasil, trazendo inicialmente a marca APsystems, e mais tarde, a SolarEdge para o mercado nacional. Atua no mercado internacional desde 1996 em diversos segmentos.
Dados das 20 cidades da RMC são de levantamento realizado junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
O número de residências com sistemas de energia solar nas 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) saltou de 1.962 para 3.875 em apenas um ano, o que representa um crescimento de cerca de 98%. Os dados são de levantamento realizado pela empresa Célula Energia, junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O crescimento acelerado do setor nos últimos 12 meses surge como reflexo da alta nos valores de conta de luz, causada pela crise hídrica enfrentada desde 2020, e da tendência de conscientização quanto aos problemas ambientais causados pelo efeito estufa.
O avanço também faz jus aos dados apresentados no Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 (PDE 2030), divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em 2020. Conforme o relatório, haverá crescimento de micro e minigeração distribuída (MMGD) no Brasil, com uma das projeções indicando investimentos em capacidade instalada na ordem de R$ 70 bilhões até 2030.
Valores acessíveis
O engenheiro e fundador da empresa Célula Energia, William Cambuhi de Oliveira, ressalta que o uso de sistemas de energia fotovoltaica pode reduzir em até 95% o valor das contas de luz. “O investimento para instalação da tecnologia pode ser recuperado em cerca de quatro anos. A tendência neste setor é de crescimento porque a relação custo x benefício é inquestionável. Os valores também são mais acessíveis atualmente e existem, inclusive, diversas formas de financiamento para projetos deste tipo”, afirma.
Além das questões financeiras, William aponta a preocupação com o meio ambiente como um dos principais fatores que impulsionaram o crescimento do setor.
“A pandemia gerou impactos em diversos setores da sociedade. A desaceleração da atividade humana trouxe à tona os diversos prejuízos que causamos ao meio ambiente e acredito que isso tenha despertado a busca por fontes de energias renováveis. Além de diminuir a emissão de CO₂, a utilização de energia solar resulta em economia dos recursos hídricos”, ressalta.
Especializada em educação voltada a energia solar e parceira das principais empresas do ramo, a Célula Energia realiza treinamentos e capacitações para profissionais interessados em atuar no setor.
Crescimento
A tendência de crescimento do setor na RMC pode ser vista na análise de dados da Aneel dos últimos cinco anos. Em 2017, apenas 577 residências tinham sistemas de energia solar instalados. Em 2018, esse número aumentou para 639 (aumento de 10%). Em 2019, chegou a 1.258 (96%). Em 2020, 1.962 (55%). E em 2021, o número de residenciais chegou a 3.875.
“Apesar de ser um número pequeno diante do universo de residenciais existentes nas 20 cidades, os dados mostram uma tendência de crescimento acelerada, o que pode ser visto de forma extremamente positiva para o mercado de energia solar e, principalmente, para o meio ambiente”, ressalta William.
Confira a evolução do número de residências com sistema de energia solar instalado dos últimos cinco nas 20 cidades da RMC.
🎙ENTREVISTA – O radialista Dunga Santos, da Rádio Brasil Campinas, entrevista o diretor comercial da Ecori Energia Solar nesta quinta-feira (25), a partir das 7h40. Na pauta, estão os principais desafios do mercado de energia solar no Brasil e os benefícios da implantação de sistemas de energia fotovoltaica.
O fundador da empresa Célula Energia falou a respeito das normas ABNT que regem a implantaçao de sistemas de energia solar no Brasil
O engenheiro Willian Cambuhi de Oliveira, fundador da Célula Energia, ministrou treinamento na BelEnergy Energia Solar, em Vinhedo (SP), na última quarta-feira (17) sobre a norma ABNT NBR 16690 com ênfase na ABNT NBR 16612, que estabelece as condições e especificações para utilização de cabos fotovoltaicos. Cerca de 30 integradores participaram do curso.
Em um segundo módulo, ministrado também nesta quarta-feira, falamos sobre a importância do string box e dos dispositivos de segurança, seguindo os requisitos impostos pelas normas ABNT NBR 5410:2004, ABNT NBR 16690, ABNT NBR 5419:2015.
A capacitação foi subsidiada pela BelEnergy Energia Solar em parceria com a Clamper Indústria e Comércio S/A e Reicon Cabos Solares.
Palestrante Fundador da Célula Energia Cursos e Treinamentos, Engenheiro de Controle e Automação e Pós Graduado em Engenharia Eletrotécnica e Sistemas de Potência pela UNISAL, Willian possui mais de 10 anos de experiência com projetos elétricos em distribuição conforme a ABNT NBR´s: 5410:2004, 5419:2015, 16690:2019 e 16274:2014 . Também participa da reunião da ABNT/CB-003/CE 003 082 001 “Sistemas de conversão fotovoltaicas de energia solar”. Professor e palestrante na área de energia solar fotovoltaica e projeto elétrico de distribuição e dimensionamento de componentes elétricos.
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